O gigante russo Gazprom está a enviar gás para as regiões de Donetsk e Lugansk, no leste da Ucrânia. A decisão justificada por razões humanitárias
O gigante russo Gazprom está a enviar gás para as regiões de Donetsk e Lugansk, no leste da Ucrânia.
A decisão justificada por razões humanitárias foi tomada depois de Kiev cortar o fornecimento de gás às autoproclamadas repúblicas separatistas.
Moscovo exigia que o governo ucraniano continuasse a pagar as contas das regiões controladas pelos rebeldes pró-russos e não se conforma.
“Como se não bastasse a fome e a catástrofe humanitária constatada pela OSCE ainda cortam o gás. O que podemos chamar a isso? A mim parece-me um genocídio” afirma o Presidente russo, Vladimir Putin.
Mas a guerra de palavras não fica por aqui. A Rússia ameaça, agora, cortar o fornecimento de gás à Ucrânia se a Naftogaz não liquidar, a tempo e horas, o pagamento relativo ao mês de março. Um corte que a concretizar-se promete afetar vários países europeus.
“Estamos a fazer tudo para manter intacto o pacote de inverno. Estamos, também, a tentar organizar o mais depressa possível um encontro trilateral, ou seja, onde estejam presentes responsáveis ucranianos, russos e da Comissão Europeia” refere o comissário europeu para a Energia, Maros Sefcovic.
A ucraniana Naftogaz acusou, entretanto, a Gazprom de violar o chamado “pacote de inverno” já que dos 114 milhões de metros cúbicos encomendados, da última vez, só recebeu 47 milhões.