No Reino Unido, multiplicam-se as perguntas com a divulgação da alegada identidade de “Jihadi John.” Ao que tudo indica, o apelido que motivou tanta
No Reino Unido, multiplicam-se as perguntas com a divulgação da alegada identidade de “Jihadi John.”
Ao que tudo indica, o apelido que motivou tanta especulação corresponde a Mohammed Emwazi, que vivia nos arredores de Londres e que é parecido com o homem que surge a decapitar reféns ocidentais em alguns vídeos do autodenominado Estado Islâmico.
Emwazi terá aparecido pela primeira vez em imagens do assassinato do jornalista norte-americano James Foley, divulgadas na Internet. O mistério também intriga a própria mãe de Foley.
“Ele beneficiou de uma boa educação e continua a utilizar as competências e o talento para o ódio e brutalidade”, diz Diane Foley.
De nacionalidade britânica, ao que tudo indica Mohammed Emwazi estava identificado pelos serviços de segurança, o que gerou polémica.
De acordo com o jornal “Daily Mail”, Emwazi é um licenciado em Programação Informática de 27 anos que nasceu no Kuwait, mas chegou a Inglaterra aos seis anos e cresceu num bairro de classe média.
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, elogia o desempenho das autoridades: “Fico satisfeito por termos em marcha os métodos corretos para escrutinar o trabalho que homens e mulheres extraordinários fazem em nosso benefício. Nos últimos meses evitaram-se ataques no Reino Unido que poderiam ter provocado danos consideráveis. Por isso, julgo que é altura de agradecer-lhes pelo trabalho que fazem em nosso nome.”
A questão sobre o que fazer para impedir a radicalização e o recrudescimento do terrorismo não é de reposta fácil, como explica o analista Matt Bryden: “O problema é o equilíbrio entre democracia e uma resposta mais vigilante. Porque num país autoritário, ele teria sido varrido e colocado numa prisão com base em suspeitas. Mas nós precisamos de um nível mais elevado de provas para condenar nos países ocidentais.”
O Governo britânico não esconde a preocupação pelo aumento do número de jovens que partem para à Síria para integrar o Estado Islâmico. Os casos continuam a fazer notícia com regularidade.