A UNESCO apelou a uma reunião de crise do Conselho de Segurança da ONU, depois dos extremistas do Estado Islâmico terem destruído esculturas do Museu
A UNESCO apelou a uma reunião de crise do Conselho de Segurança da ONU, depois dos extremistas do Estado Islâmico terem destruído esculturas do Museu da Civilização, em Mossul, parte do património histórico do Iraque.
Os “jihadistas” divulgaram esta quinta-feira um vídeo onde vários homens derrubam estátuas da época assíria, nos séculos VIII e VII antes de Cristo.
A diretora-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, Irina Bokova, disse que “esta tragédia é mais do que um assunto cultural. É uma questão de segurança vital e vemos bem como os terroristas usam a destruição do património como estratégia de terror, para destabilizar e manipular populações e garantir a sua dominação”.
#MosulMuseum: Our Director-General requests
UN</a> Security Council meeting to protect heritage <a href="http://t.co/9nqedZOlVl">http://t.co/9nqedZOlVl</a> <a href="http://t.co/QAQiCPg77F">pic.twitter.com/QAQiCPg77F</a></p>— UNESCO (
UNESCO) February 27, 2015
Vários peritos compararam o ato do Estado Islâmico com a demolição dos Budas de Bamiyan no Afeganistão, perpetrada pelos talibãs em 2001. Este tipo de atentados contra o património cultural por parte de grupos que partilham uma visão radical do Islão reproduziu-se também em conflitos recentes, no Mali, na Líbia e na Síria.