Nicolas Hénin: "É impossível combater o Estado Islâmico sem se compreender quem o compõe"

Nicolas Hénin: "É impossível combater o Estado Islâmico sem se compreender quem o compõe"
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De  Francisco Marques com Isabelle Kumar
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Nicolas Hénin é um jornalista francês de 39 anos. No dia 22 de junho de 2013, na cidade de Raqqa, Nicolas e o colega fotógrafo Pierre Torrés foram

Nicolas Hénin é um jornalista francês de 39 anos. No dia 22 de junho de 2013, na cidade de Raqqa, Nicolas e o colega fotógrafo Pierre Torrés foram raptados pelo grupo Estado Islâmico, também conhecido pela sigla inglesa ISIL ou referido simplesmente como EI. Somente pouco mais de três meses depois, por decisão da família, o sequestro de Hénin foi tornado público pelo então primeiro-ministro francês, Jean-Marc Ayrault.

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Quem é Nicolas Hénin

  • Nasceu em Le Mans, França, a 7 de novembro de 1975 (39 anos);
  • Licenciado em Geografia, mestrado em História, colecionou cursos de língua árabe e tornou-se especialista em temas do Médio Oriente;
  • Diplomou-se em jornalismo em 1999 no Instituto Prático de Jornalismo Paris-Dauphine (IPJ) e já trabalhou em rádio, televisão e imprensa escrita;
  • Foi capturado pelo grupo Estado Islâmico em Raqqa, na Síria, a 22 de junho de 2013;
  • Esteve em cativeiro, ao lado de outros reféns ocidentais, até 18 de abril de 2014;
  • Nomeado várias vezes para os prémios franceses Bayeux-Calvados, que distinguem correspondentes de guerra, recebeu em setembro o prémio da Fundação May Chidiac, pela coragem no jornalismo;
  • Para além de “Jihad Academy”, o livro lançado em fevereiro sobre a experiência como refém do Estado Islâmico, prepara-se para publicar também um livro infantil em março, “Papa Hérisson rentrera-t-il à la maison?”

Foi colega de cativeiro de James Foley, de quem se tornou amigo. O jornalista americano acabaria decapitado, numa das execuções mais mediáticas do grupo radical islâmico. Nicolas Hénin teve melhor sorte. Ao lado de mais três reféns, incluindo o fotógrafo Pierre Torrès, foi libertado a 18 de abril do ano passado.

Frustrado por não ter feito qualquer reportagem daqueles 10 meses em cativeiro, Hénin dedicou-se a escrever um livro sobre a experiência traumática vivida e o que conseguiu conhecer do grupo Estado Islâmico a partir do interior. Esta semana, é ele o nosso convidado especial, na euronews, para uma entrevista de fundo em “Global Conversation”. Veja os destaques da entrevista e oiça na íntegra as histórias de Hénin através do vídeo.

A decapitação de James Foley

  • Critica a “instrumentalização” da morte do amigo;
  • Sublinha que houve milhares de mortos locais tão importantes quanto os ocidentais executados;
  • Define Foley como “uma das melhores pessoas” de entre todas as que já conheceu.

O livro “Jihad Academy”

  • Uma forma de libertação das memórias de 10 meses sequestrado;
  • Colmatar a falta de uma reportagem sobre o tempo passado dentro do grupo Estado Islâmico;
  • Apagar a etiqueta de “ex-refém” e afirmar-se como “observador e jornalista” privilegiado;
  • A referência a Bashar al-Assad, um “manipulador interessado, principalmente, em dinheiro.”

Os “jihadistas” que conheceu

  • O assassínio do museu hebraico na Bélgica, em maio de 2014, tinha uma ideologia mais baseada na televisão francesa do que no Corão;
  • “O conhecimento que têm do Islão é extremamente diminuto para a maioria deles”;
  • Um belga quis deixar o Estado Islâmico e, por isso, foi preso junto a James Foley e John Cantlie;
  • Falavam “em francês sem sotaque, inglês sem sotaque, espanhol sem sotaque”;

Conta oficial no Twitter de Nicolas Hénin

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