O supermercado Kosher, palco de um dos ataques de Paris em Janeiro, reabriu portas esta manhã. A loja encontra-se ainda sob proteção policial
O supermercado Kosher, palco de um dos ataques de Paris em Janeiro, reabriu portas esta manhã. A loja encontra-se ainda sob proteção policial fornecida pelo programa nacional Vigipirate.
A 9 de janeiro, o jihadista Amédy Coulibaly tomou mais de vinte reféns nesta loja, a leste de Paris, matando quatro judeus.
A loja reabre com uma nova equipa devido ao trauma dos antigos empregados no dia da tragédia. Este cliente lembra:
“ Eu estava aqui quando o ataque aconteceu. Estava a sair quando Coulibaly entrou, passou à minha frente. Logo que cheguei a casa 45 minutos mais tarde, liguei a TV e vi o que estava a acontecer. É por isso que voltei hoje, era importante que isto reabrisse e com o mesmonome”.
“Hoje é muito simbólico, e é uma forma de transmitir a mensagem para queles que fizeram ou que pensam fazer coisas semelhantes. Não vão ganhar”. Muito danificada durante o assalto da polícia, a loja passou por muitas mudanças para reparar a destruição de que foi alvo.
“Quando estávamos na loja, ontem à noite, pensamos nas vítimas e isso é que dá o impulso e a energia para a reabertura, estávamos ansiosos por reabrir, para reconstruir o que fomos capazes de reconstruir”, explica o proprietário.
Nesta cave da mercearia esconderam-se alguns dos clientes presentes no momento do assalto, incluindo uma mulher com um bebé. Ambos sobreviveram ao ataque.
A vida continua. O primeiro “cliente” foi o ministro do Interior, Bernard Cazeneuve que simbolicamente comprou duas garrafas de vinho.