O ministro italiano dos Transportes e das Infraestruturas apresentou formalmente a demissão. Esta sexta-feira, perante o Parlamento, Maurizio Lupi
O ministro italiano dos Transportes e das Infraestruturas apresentou formalmente a demissão. Esta sexta-feira, perante o Parlamento, Maurizio Lupi verbalizou a decisão tornada conhecida na véspera, depois de se ver envolvido num alegado escândalo de corrupção relacionado com obras públicas.
Lupi justificou-se dizendo ter “responsabilidade politica” e afirmando-se um “defensor da família”: “Quando me tornei ministro não me ‘demiti’ como pai nem como marido e não pretendo fazê-lo hoje. Para mim a família está em primeiro lugar, até à frente de uma função de prestígio.”
A cadeia de acontecimentos precipitou-se na sequência da detenção prévia de quatro pessoas implicadas no caso de corrupção. Entre elas está Ercole Incalza, um antigo assessor externo do Ministério dos Transportes e das Infraestruturas, com boas ligações a empresas do setor, e Stefano Perotti, um adjudicatário de importantes obras estatais.
O filho do agora ex-ministro recebeu um relógio Rolex e um posto de trabalho das mãos de Perotti, amigo íntimo de Maurizio Lupi. A polémica subiu de tom com a divulgação do conteúdo de várias escutas telefónicas. Maurizio Lupi não está a ser investigado nem foi imputado no caso de corrupção.