Beijo tenta contrariar o desamor político greco-alemão

Beijo tenta contrariar o desamor político greco-alemão
De  Isabel Marques da Silva com REUTERS
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Uma multidão no exterior da chancelaria alemã, em Berlim, onde Alexis Tsipras e Angela Merkel se reuniram, tentou dar um tom mais romanesco aos laços bilaterais, muito tensos desde a chegada ao poder

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Uma multidão no exterior da chancelaria alemã, em Berlim, onde Alexis Tsipras e Angela Merkel se reuniram, tentou dar um tom mais romanesco aos laços bilaterais, muito tensos desde a chegada ao poder do novo governo grego.

Mas o beijo entre um casal greco-alemão poderá não fazer muito pela visão negativa que os alemães têm, hoje, do governo de Atenas.

O jornal Tagesspiegel pediu mensagens para o primeiro-ministro grego e não encontrou muitos admiradores.

À euronews, o jornalista Ingo Salmen contou que “os leitores disseram que é precisa mais diplomacia e talvez não se estivessem a referir apenas a Alexis Tsipras, mas também a outros membros do governo grego. Argumentam que certas reações e comportamentos acabam por alimentar os jornais mais sensacionalistas”.

A Alemanha emprestou um quarto dos fundos do resgate grego e exige a manutenção de reformas que o novo governo não aceita.

Face ao risco da Grécia sair da zona euro, um transeunte disse à euronews que “o novo governo grego está a cometer grandes erros e não cria confiança no futuro. Penso que tem alienado os parceiros europeus”.

Outro acrescentou que “penso que a saída da Grécia é o desejado pela maioria da população alemã”.

Uma sondagem recente revelou que 52% dos alemães estão a favor dessa saída.

Mas muitas vozes, incluindo de líderes políticos de vários quadros, consideram que tal teria repercussões muito graves para todo o projeto europeu.

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