Juncker: governos devem procurar "dinheiro nos seus bolsos"

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De  Isabel Marques da Silva
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O investimento na Europa está ao nível mais baixo dos últimos 20 anos, o que torna urgente pôr em funcionamento o novo Fundo Europeu de Investimentos Estratégicos. Durante uma conferência organizada p

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O investimento na Europa está ao nível mais baixo dos últimos 20 anos, o que torna urgente pôr em funcionamento o novo Fundo Europeu de Investimentos Estratégicos (FEIS).

Com verbas da Comissão Europeia e do Banco Europeu de Investimento, o fundo deverá estar operacional em junho.

Mas é preciso mais, segundo os participantes da conferência sobre investimento na União Europeia (UE) organizada pela BusinessEurope – uma associação de empresários europeus -, esta quinta-feira, em Bruxelas.

“No domínio social, em matéria fiscal e na política ambiental, é muito importante que, gradualmente, haja mais convergência europeia e simplificação da burocracia e de toda a legislação”, defendeu Pierre Gattaz, representante das corporações francesas.

Por seu lado, a presidente da BusinessEurope, Emma Marcegaglia, disse à euronews que “precisamos de resolver vários problemas-chave: por exemplo, o custo da energia deve ser menor, devemos combater a burocracia e abrirmo-nos mais ao mercado internacional”.

O FEIS, de 21 mil milhões de euros, é suposto alavancar 315 mil milhões de euros entre os privados.

Está aberto a contribuições dos Estados-membros, mas dos 28 apenas Alemanha, França, Itália e Espanha o fizeram até agora.

“Os primeiros-ministros que dizem aos cidadãos dos seus países que este plano não é suficientemente ambicioso, deviam procurar algum dinheiro nos seus bolsos”, disse Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia e orador principal da conferência.

O mercado digital é um das áreas prioritárias para criar emprego.

A Comissão estima que 90% dos postos de trabalho futuros vão exigir um certo nível de competências digitais, algo confirmado pelas empresas.

“O desemprego dos jovens em todas as atividades ligadas ao uso de tecnologias é mínimo ou inexistente. É uma prova de como é importante para a economia europeia desenvolver essas habilidades, de forma a poder competir no mundo global”, explicou Carlos Lopez Blanco, membro do Comité Executivo da Telefonica, empresa de telecomunicações espanhola.

Além do mercado digital, o fundo de investimento vai apostar em infraestruturas de energia e de transportes.

Um grupo técnico vai escolher os melhores de dois mil projetos apresentados pelos governos da UE.

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