Irão denuncia intervenção saudita no Iémen

Irão denuncia intervenção saudita no Iémen
Direitos de autor 
De  João Peseiro Monteiro com EFE, AFP, REUTERS, APTN
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button

Um dia depois da Arábia Saudita ter lançado a campanha aérea no Iémen contra a rebelião houthi, apoiada pelo Irão, as palavras de ordem não se

PUBLICIDADE

Um dia depois da Arábia Saudita ter lançado a campanha aérea no Iémen contra a rebelião houthi, apoiada pelo Irão, as palavras de ordem não se fizeram esperar em Teerão. O ayatollah Kazem Sedighi, que dirigiu as orações de sexta-feira, descreveu os ataques como uma interferência nos assuntos internos do Iémen e acusou a Arábia Saudita de estar ao serviço dos Estados Unidos e de Israel.

De visita à Guatemala, o chefe da diplomacia russa, Sergey Lavrov, aproveitou a ocasião para lançar uma farpa à administração Obama: “Este é um claro exemplo de dois pesos e duas medidas. Nunca desejámos o que aconteceu na Ucrânia nem o que aconteceu no Iémen. Em ambos os casos temos um longo caminho pela frente antes conseguirmos uma reconciliação nacional”. A Rússia é o principal aliado do Irão xiita, enquanto a Arábia Saudita, sunita, é apoiada pelos Estados Unidos.

Os equilíbrios regionais estão em causa. O presidente turco, Receep Tayyip Erdogan, também deixou um aviso ao regime de Teerão: “O Irão está a tentar dominar a região, é para isso que estão a trabalhar. Será que o podemos tolerar? Isto é perturbador para muitos países, como a Turquia, a Arábia Saudita e os Estados do Golfo.”

O Médio Oriente está transformado num barril de pólvora. O governo saudita afirma ser apoiado por uma dezena de países e conta com o apoio logístico e dos serviços de informações americanos, enquanto os rebeldes houthis contam com a ajuda do Hezbollah libanês e dos Guardas da Revolução iranianos.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Notas sobre o conflito no Iémen

EUA e Reino Unido atacam alvos Houthi no Iémen depois de um navio ter sido atingido no Mar Vermelho

EUA avisam que não vão parar ataques contra militantes apoiados pelo Irão no Iraque e na Síria