Depois de dois anos parado, o maior acelerador de partículas do Mundo voltou a ser ativado e este domingo, no CERN, antigo acrónimo pelo qual é
Depois de dois anos parado, o maior acelerador de partículas do Mundo voltou a ser ativado e este domingo, no CERN, antigo acrónimo pelo qual é conhecida a Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear, voltou a provocar colisões em Meyrin, a localidade suíça na região de Genebra onde se localiza o Laboratório Europeu de Física de Partículas.
Este enorme aparelho, uma das estrelas do primeiro livro de grande sucesso do norte-americano Dan Brown, “Anjos e Demónios”, foi o responsável pela descoberta há cerca de três anos do “Bosão de Higgs”, partícula inicialmente predita em 1964 pelo físico britânico Peter Higgs.
Breaking news: CERN researchers confirm existence of the Force http://t.co/BPp2wV01dppic.twitter.com/1TXkbUTdsm
— CERN (@CERN) 1 abril 2015
Também conhecido como “a partícula de Deus”, este bosão é visto como a partícula elementar que terá resultado do chamado “Big Bang”, a explosão de onde terá surgido o universo e, claro, por conseguinte, o nosso planeta Terra e toda as formas de vida conhecidas.
O diretor de Relações Internacionais do CERN, Rudiger Voss, frisa mesmo que, “sem o campo de Higgs, não existiriam átomos, núcleos ou moléculas, que são as partes fundamentais de toda a matéria”. “Por isso, também não existiriam estrelas, galáxias ou sistemas planetários. Não existiria a Terra, nem vida no planeta”, reforçou Voss.
Beam 1, the second to circulate, is successfully through all sectors of the LHC! Startup complete! #RestartLHCpic.twitter.com/ZgI0E1J8k6
— CERN (@CERN) 5 abril 2015
O Grande Acelerador de Hadrões, conhecido pela sigla inglesa LHC (“Large Hadron Collider”), teve a reativação agendada para 25 de março, mas um curto-circuito atrasou o processo. Na quinta-feira, o CERN anunciou ter tudo novamente a postos e este domingo, às primeiras horas da manhã, as partículas de protões voltaram a acelerar em sentidos opostos no túnel subterrâneo, preparado para o efeito sob a fronteira da Suíça e da França e com cerca de 27 quilómetros em forma de circunferência, rumo a novos “big bangs”, ou seja, colisões.