Síria: Combates não param no campo de refugiados de Yarmouk

Síria: Combates não param no campo de refugiados de Yarmouk
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De  Euronews com Reuters, AFP, EFE
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Os combates entre militantes de várias facções prosseguiam esta segunda-feira e o exército de Damasco terá voltado a lançar bombas de barril sobre o campo de refugiados.

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Em Gaza, dezenas de palestinianos, na maioria mulheres, manifestaram-se à porta do quartel-general das Nações Unidas para exigir o fim da violência contra os refugiados que ainda se encontram no campo de Yarmouk, nos subúrbios de Damasco, na Síria.

“Mundo livre – ajuda o nosso povo no campo de Yarmouk” ou ainda “Queremos um campo livre de armas e militantes” foram algumas das mensagens que se podiam ler nos cartazes empunhados pelos manifestantes.

Segundo a ONU, ainda se encontram no campo, situado uma dezena de quilómetros a sul do palácio presidencial de Bashar al-Assad, cerca de 18 mil civis, na maioria crianças.

O complexo foi tomado, na quarta-feira, por guerrilheiros do autodenominado Estado Islâmico, que controlará actualmente cerca de 90% do campo, segundo as escassas informações disponíveis.

Os combates entre militantes de várias facções prosseguiam esta segunda-feira e o exército de Damasco terá voltado a lançar bombas de barril sobre o campo de refugiados.

Em Barcelona, um representante da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA) afirma que “não tem sido possível enviar comida ou caravanas humanitárias para o campo desde que começou a actual fase de combates. Isto significa que não há comida, não há água e os medicamentos escasseiam. A situação no campo é pior do que desumana”, conclui Chris Gunness.

O campo é palco de confrontos e alvo de um cerco das forças fiéis a Assad desde Dezembro de 2012, quando foi tomado por rebeldes.

Antes da guerra civil na Síria, era uma espécie de “oásis” para cerca de 160.000 refugiados palestinianos. Existiam aqui muitas lojas abertas, mais de duas dezenas de escolas, cafés, salões de beleza, táxis e outros serviços, como num qualquer bairro de uma cidade. Hoje, é apenas mais um dos muitos campos de batalha de uma guerra que matou mais de 220.000 pessoas.

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