Iémen: Situação humanitária é "catastrófica" (Cruz Vermelha)

Iémen: Situação humanitária é "catastrófica" (Cruz Vermelha)
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De  Euronews com Reuters, APTN, EFE, AFP, Lusa
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A situação humanitária é "catastrófica", no Iémen, alerta a Cruz Vermelha.

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A situação humanitária é “catastrófica”, no Iémen, alerta a Cruz Vermelha.

Aden, de onde teve de fugir o presidente Abd Rabbo Mansur Hadi, continua a resistir ao cerco dos huthis, mas os combates são diários. A cidade portuária está sem electricidade, a água e a comida escasseiam.

Na capital, Sanaa, controlada pelos huthis, a situação não é melhor, com bombardeamentos diários da parte da coligação liderada pela Arábia Saudita.

A população está desesperada:

“Apelo a que salvem a população do Iémen. Há mais pessoas a morrer dentro dos hospitais, que não dão vazão a tantos feridos, do que os que recebem os primeiros socorros na rua”, afirma uma vítima dos bombardeamentos.

A UNICEF também já alertou para uma “catástrofe humanitária” iminente, no Iémen.

A mãe de uma criança queimada durante os bombardeamentos quer vingança, pergunta: “Se os filhos deles tivessem no lugar do meu, como é que eles iriam reagir? A situação é terrível neste momento. As nossas crianças são queimadas assim e ficámos sem as nossas casas”, lamenta, antes de pedir uma “punição” divina dos responsáveis pelo sofrimento do filho.

Um primeiro avião da Cruz Vermelha, com pessoal médico, já aterrou em Sanaa. Outros dois, com 48 toneladas de ajuda médica, devem chegar nas próximas 48 horas.

Segundo a OMS, pelo menos 549 pessoas morreram e mais de 1700 ficaram feridas desde o inicio da ofensiva contra os rebeldes, a 19 de Março, há menos de 3 semanas.

Pelo menos dois soldados do Iémen foram mortos, esta terça-feira, num posto fronteiriço com a Arábia Saudita, cerca de 440 km a nordeste da capital, Sanaa. As autoridades suspeitam que o ataque foi levado a cabo por militantes da Al-Qaeda.

O reino saudita está a reforçar o controlo das fronteiras com o Norte do Iémen, o feudo dos rebeldes xiitas huthis que, até a um bombardeamento na semana passada, adquiriam muitas das suas armas num mercado próximo de Jazan, uma cidade saudita nas margens do Mar Vermelho, a poucos quilómetros da fronteira.

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