Estados do Golfo acusam Irão de querer "exportar revolução" para o Iémen

Estados do Golfo acusam Irão de querer "exportar revolução" para o Iémen
De  Euronews
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A guerra civil no Iémen ameaça transformar-se num conflito regional, no dia em que o Irão enviou dois navios de guerra para a região. Teerão, que é

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A guerra civil no Iémen ameaça transformar-se num conflito regional, no dia em que o Irão enviou dois navios de guerra para a região.

Teerão, que é acusado de apoiar os rebeldes Houtis, afirma que as embarcações realizam manobras militares de rotina.

A progressão das milícias xiitas em Aden, sob as bombas da coligação militar saudita, coincide com o apelo do responsável diplomático iraniano à abertura de discussões de paz.

“É necessário fazer com que os dois campos se sentem à mesma mesa para dialogar para pôr fim a estes confrontos. É preciso lembrar que a Al-Qaida e o grupo Estado Islâmico estão à espera, mas não estão parados, à medida que vão assumindo o controlo de várias zonas do Iémen”.

Depois de visitar a Turquia, Mohammad Zarif prosseguiu no Paquistão, uma ronda diplomática junto dos aliados da Arábia Saudita para tentar obter uma solução pacífica para o conflito.

Um esforço que não convence os Estados do Golfo, que acusaram Teerão de querer exportar o seu modelo de revolução Islâmica para o Iémen.

Segundo o responsável da diplomacia dos Emirados Árabes Unidos, Abudllah Bin Zayed, “espero que este conflito não seja confundido com um conflito setário. Não se trata de uma batalha setária, mas apenas da forma como o Irão pretende exportar a ideia da revolução que faz parte da sua constituição e do seu sistema”.

Uma tensão diplomática inflamada pela continuação dos bombardeamentos da coligação militar saudita. Pelo menos 27 pessoas morreram em Sanaa num ataque falhado contra a televisão local que atingiu um edifício residencial.

Segundo a OMS, em menos de um mês, o conflito no Iémen provocou mais de 640 mortos e cerca de 15 milhões de deslocados.

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