Parlemento Europeu pede à Turquia para reconhecer massacre de arménios como "genocídio"

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O Parlamento Europeu aprovou uma resolução em que pede à Turquia que reconheça que a morte de 1,5 milhões de arménios durante a I Guerra Mundial foi

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O Parlamento Europeu aprovou uma resolução em que pede à Turquia que reconheça que a morte de 1,5 milhões de arménios durante a I Guerra Mundial foi um genocídio. O presidente turco Tayyip Erdogan já garantiu que não vai ter em consideração o pedido de Bruxelas.
A resolução, que foi aprovada com larga maioria esta quarta-feira, vai ao encontro das intenções da a Arménia que tem reafirmado sistematicamente que milhares de pessoas pessoas foram assassinadas às mãos das forças dos turcos otomanos, entre 1915 e 1926.

Benedek Jávor, eurodeputado húngaro dos Verdes defende que “se trata de um genocídio. Sabemos que não conseguimos resolver o conflito entre as nações, negando os factos ou tentando alterá-los. Temos de encarar o que aconteceu no passado com honestidade”

Emma Argutyan é arménia e em Bruxelas disse acreditar que esta decisão do Parlamento Europeu é um passo importante, que mostra que a questão não foi esquecida e merece uma solução.

A poucos dias de se assinalar o 100.º aniversário da tragédia, a Turquia continua a negar esta classificação: garante que o número de mortes está inflacionado e que foram vítimas da guerra civil. O embaixador de Ancara na União Europeia, Selim Yenel, em entrevista à euronews, defendeu que “o Parlamento Europeu está a cometer um erro histórico tomando uma posição contra a Turquia. É uma ofensa contra os turcos e a Turquia, o que é inaceitável. É uma decisão unilateral sem consulta nem diálogo. Não tem valor jurídico. Além disso, não terá qualquer impacto nas relações entre a Turquia e a União uma vez que esta é uma decisão do Parlamento, que não se pronuncia em nome de toda a União Europeia”.

Recorde-se que a maior parte dos países europeus e ocidentais reconhece o massacre como genocídio, apesar de países como Itália e os Estados Unidos evitarem o uso oficial do termo. No fim-de-semana passado, o Papa Francisco também se referiu a estas mortes como o “primeiro genocídio do século XX”.

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