O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu que as pessoas atuem de maneira sustentável e sejam conscientes “das consequências que as nossas
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu que as pessoas atuem de maneira sustentável e sejam conscientes “das consequências que as nossas decisões têm sobre o planeta”.
Na sua mensagem para o Dia Internacional da Mãe Terra, que hoje se comemora, Ban Ki-moon lembrou que “Nem todos temos como agir de maneira sustentável, mas os que têm essa possibilidade podem transformar o mundo”.
Atitude positivaEm finais de março, a Agência Europeia do Ambiente (AEA) publicou a sua última avaliação – como todos os cincos anos -. “Ambiente na Europa – Situação e perspectivas 2015” é o título do documento que elogia os efeitos positivos das políticas europeias.
Dos resultados obtidos salienta-se o facto de que hoje os europeus beneficiam de ar e uma água mais saudáveis, mais reciclagem e menos aterros sanitários. No entanto, a Europa ainda está longe de atingir o seu objectivo de “Viver Bem, dentro dos limites do nosso planeta”, definido para 2050 pela 7ª Acção Europeia do Ambiente, revela o documento.
Questões como a perda de biodiversidade e as alterações climáticas são as principais ameaças.
Os cientistas não têm dúvidas de que somente uma verdadeira Europa sustentável pode colocar o continente na vanguarda da ciência e da tecnologia e promover a criação de novas indústrias.
Europa dita prioridadesA Euronews falou com o European Environmental Bureau (EEB) para descobrir algumas das mais importantes prioridades verdes para a Europa.
1. A poluição do arA EEB diz que mais de 400 mil europeus morrem por ano prematuramente por causa da poluição do ar.
Nas cidades europeias mais de 90% dos seus habitantes estão expostos a níveis de poluição do ar, acima dos níveis recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Os custos da poluição atingem 940 mil milhões de euros por ano, de acordo com a EEB, incluindo 15 mil milhões de euros de dias de trabalho perdidos e 4 mil milhões em custos de saúde.
“Assistimos a uma evolução positiva desde os anos 1970, que nos aproxima das orientações da OMS”, disse o porta-voz da EEB Sébastien Pant. “Mas estamos longe de conseguir lá chegar até 2030”.
2. Combater as alterações climáticas e melhorar a segurança energéticaSébastien Pant defende: “Nós temos uma grande conferência sobre no final do ano e é muito importante um acordo global vinculativo para reduzir as emissões de carbono. Na União Europeia não estamos a fazer o suficiente. Temos de trabalhar mais sobre a segurança energética e sermos menos dependente da Rússia. A melhor forma de combater as alterações climáticas é a luta contra o consumo de energia.”
3. Evitar acordos nocivos de comércio e investimento internacionaisA EEB diz que se preocupa principalmente com o acordo comercial UE-EUA proposto ou TTIP (Transatlantic Trade e Investment Partnership) e acusa que “ o mecanismo de resolução de litígios Investor-State (ISDS) – que poderia fazer parte de um acordo TTIP – irá “enfraquecer seriamente o consumidor crítico e as salvaguardas ambientais”.