Arménia condena negacionismo, 100 anos após genocídio de 1,5 milhões

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O presidente arménio condenou o negacionismo que persiste sobre o genocídio no país, cem anos após o extermínio de mais de 1,5 milhões de arménios

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O presidente arménio condenou o negacionismo que persiste sobre o genocídio no país, cem anos após o extermínio de mais de 1,5 milhões de arménios durante a primeira guerra mundial.

Serge Sarkissian acolheu centenas de convidados estrangeiros, entre os quais vários chefes de estado, durante as cerimónias aniversárias do genocídio, em Yerevan.

Uma cerimónia marcada por várias mensagens de paz e reconciliação, endereçadas à Turquia, que continua a rejeitar reconhecer o genocídio levado a cabo pelas, então, autoridades otomanas.

“Temos que encontrar uma solução antes que a humanidade volte a quebrar a promessa de nunca mais repetir tais crimes. A comemoração do aniversário do genocídio é um novo ponto de partida para lutar contra este tipo de crimes”, afirmou o presidente arménio.

As comemorações ocorrem depois da Alemanha e da Áustria terem reconhecido pela primeira vez o genocídio, com o presidente alemão a reconhecer a co-autoria do exército alemão nos massacres de 1915.

Para o presidente francês, François Hollande, “comemorar um genocídio não é abrir um julgamento, mas evocar o sofrimento e a dôr dos que sobreviveram e dos seus descendentes. É reconhecer a tragédia que abalou a humanidade inteira”.

A igreja arménia beatificou ontem as vítimas dos massacres, semanas depois do Papa Francisco ter reconhecido o que considera ser, “o primeiro genocídio do século XX”.

Há exatamente 100 anos iniciava-se o genocídio na Arménia, depois das autoridades otomanas ordenarem a detenção e posterior assassinato ou deportação forçada, de 200 intelectuais arménios em Constantinopla.

Nas semanas que se seguiram, mais de 2300 intelectuais eram deportados para a Síria, em marchas forçadas de milhares de quilómetros, às quais a maioria não conseguiu sobreviver.

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