Número de vítimas no Nepal poderá aumentar

Número de vítimas no Nepal poderá aumentar
De  Nelson Pereira com AP, Lusa
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button

Três dias depois do sismo no Nepal, as buscas prosseguem e os especialistas receiam que o número de vítimas venha a aumentar. No distrito de Gorkha

PUBLICIDADE

Três dias depois do sismo no Nepal, as buscas prosseguem e os especialistas receiam que o número de vítimas venha a aumentar.

No distrito de Gorkha, próximo do epicentro do terramoto, cerca de 80% das habitações ficaram destruídas e é ainda impossível prever o número de vítimas soterradas.

Em Katmandu, uma equipa turca de salvamento retirou esta segunda-feira dos escombros um homem que estava preso depois de sábado.

O sismo semeou o caos e o número de vítimas inicialmente apontado – 3600 mortos e 6500 feridos – vai muito provavelmente aumentar, segundo as autoridades.

De acordo com um responsável do Banco Asiático para o Desenvolvimento, cerca de 40% do país foi atingido pela tragédia de sábado, que destruiu estradas e edifícios, paralisando as vias de comunicação.

Na opinião de Hari Kumar, Coordenador regional de uma organização de prevenção de riscos geológicos, as perspectivas não são otimistas.

“O solo, no Vale de Katmandu, é muito arenoso, e por isso os deslizes de terra podem vir a ampliar-se”, sublinhou Kumar, acrescentando que “o número de vítimas mortais até agora conhecido parece baixo para um sismo desta magnitude” e que “os próximos dias hão-de mostrar qual a verdadeira dimensão da tragédia.”

A perspetiva de falta de água potável, comida e medicamentos, preocupa as autoridades. Segundo responsáveis das Nações Unidas, cerca de um milhão de crianças necessitam de ajuda humanitária urgente e milhares dormem na rua.

Os especialistas alertavam há muito para as consequências graves que poderia ter um terremoto no Nepal, avertindo que as autoridades pouco fizeram para preparar o país para uma nova tragédia, depois dos sismos de 1905 e 1943.

O Alto Comissário das Nações Unidas para Refugiados anunciou que está a dar resposta a um apelo do governo, enviando 11 mil folhas de plástico para construir abrigos e quatro mil lanternas recarregáveis com energia solar para os distritos montanhosos orientais de Ramechhap, Okhaldhunga e Sindhuli.

Na altura em que ocorreu o sismo, estavam pelo menos 14 portugueses no Nepal, disse esta segunda-feira à agência Lusa o secretário de Estado das Comunidades, José Cesário, adiantando que alguns já terão saído do país através da Índia.

Mapa do sismo no Nepal

Full screen(Fonte: USGS)

Os simos mais mortíferos de sempre

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Sismo no Nepal: UE soma 3 milhões de euros à ajuda oferecida por 13 Estados-membros

Nepal: um milhão de crianças em risco

Sismo no Nepal: mais de 200 desaparecidos no Evereste