O discreto e polémico 1.º de Maio em Kiev

O discreto e polémico 1.º de Maio em Kiev
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De  Euronews com EURONEWS
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Em Kiev, não foram mais de duas centenas as pessoas - na maioria reformados - que saíram à rua para celebrar o 1.º de Maio, uma data polémica neste momento na Ucrânia, por causa do passado soviético d

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Enquanto os combates prosseguem no Leste da Ucrânia, apesar do cessar-fogo acordado em Minsk, na capital, Kiev, não foram mais de duas centenas as pessoas – na maioria reformados – que saíram à rua para celebrar o 1.º de Maio, uma data polémica neste momento na Ucrânia, por causa do passado soviético do país e das tensões actuais com Moscovo.

Como sempre, o partido comunista organizou a concentração no complexo do Museu da Grande Guerra Patriótica, o jardim com 10 hectares que serve de memorial da Segunda Guerra Mundial.

Um historiador explica que “uma das principais razões porque os ucranianos rejeitam o 1.º de Maio é que a data está a ser celebrada à maneira soviética na Rússia. O passado soviético está a ser reabilitado neste momento na Rússia e esse processo contradiz o que está a acontecer na Ucrânia, onde existe uma condenação radical do passado soviético”, afirma Volodymyr Viatrovich, director do Instituto da Memória Nacional.

Noutro ponto da cidade, registaram-se algumas escaramuças e detenções quando um grupo com cerca de uma dezena de ultranacionalistas quis impedir que qualquer comunista se pudesse aproximar do pedestal onde estava a estátua de Lenine, destruída no final de 2013 durante a revolta da Praça Maidan que levou à queda do presidente Ianukovich.

O correspondente da euronews refere que o monumento a Lenine “era um dos pontos centrais das celebrações do 1.º de Maio em Kiev. A estátua é hoje apenas uma memória para os comunistas que querem recordar o dia do trabalhador. Do outro lado, os anticomunistas querem acabar com estas comemorações”, afirma Sergio Cantone.

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