Os nepaleses começaram a ser vacinados contra o sarampo para prevenir uma epidemia, uma semana depois do sismo que fez milhares de mortos.
Os nepaleses começaram a ser vacinados contra o sarampo para prevenir uma epidemia, uma semana depois do sismo que fez milhares de mortos.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) tem no terreno equipas nas áreas afetadas para proceder à vacinação, distribuir medicamentos e alimentos aos sobreviventes que se encontram sem abrigo. Ainda não registaram situações críticas mas temem epidemias de diarreia e de outras doenças.
“Numa situação destas, em que não há condições de higiene nem água potável e existe uma população deslocada as possibilidades de um surto são maiores” – explica o dr. Roderico Ofrin da OMS.
Além dos mortos, há milhares de pessoas desaparecidas. As equipas de resgate prosseguem a remoção dos escombros e recuperam corpos que depositam nas morgues. Mas as estruturas na capital estão sem capacidade para receber tantos cadáveres e os problemas acumulam-se. Os familiares dos desaparecidos manifestam o seu desespero perante a desorganização que encontram.
“Com tanto dinheiro da ajuda internacional é assim que tratam os mortos? Nem conseguem fazer um registo dos corpos. Devia existir um registo dos cadáveres que trazem para aqui” – queixa-se um nepalês.
O maior problema é a falta de identificação dos mortos. Os corpos que não são rapidamente reclamados são cremados para evitar o surto de doenças e o cheiro dos cadáveres esmagados pelos escombros.