Divisões internas no Boko Haram

Divisões internas no Boko Haram
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De  Lurdes Duro Pereira com Reuters, AFP
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Faltam armas e munições aos radicais nigerianos do Boko Haram e as divisões internas são cada vez maiores. Pelo menos é o que garantem as mulheres

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Faltam armas e munições aos radicais nigerianos do Boko Haram e as divisões internas são cada vez maiores.

Pelo menos é o que garantem as mulheres raptadas pelo grupo, entretanto, libertadas.

Cerca de metade das 700 mulheres e crianças resgatadas pelo exército, na última semana, encontram-se agora no campo de deslocados de Yola, no nordeste da Nigéria.

“Estavam sempre a queixar-se do líder. Estavam desiludidos com a forma de combater e de matar em nome da religião. Diziam que era por causa disso que muitos combatentes estavam a ser mortos pelos infiéis. Não estavam a dar armas e as coisas não estavam a correr bem” afirma Hanatu Musa, uma das mulheres resgatadas.

Vítimas de abusos sexuais, muitas mulheres tinham duas opções casar com combatentes do Boko Haram ou ser vendidas como escravas como explica uma jovem de 16 anos.

“Se nos recusássemos casar, vendiam-nos. Algumas eram usadas como empregadas domésticas das mulheres dos militantes. A maioria dos compradores eram combatentes do Boko Haram” refere Binta Ibrahim.

Mais de 200 mulheres libertadas na última semana estão grávidas.

A Amnistia Internacional estima que mais de 2 mil nigerianas tenham sido sequestradas pelo grupo radical em 2014. Entre elas estão as estudantes de Chibok, um dos casos mais mediatizados dentro e fora do país.

As jovens – 276 no total – foram sequestradas a 14 de abril de um liceu, no nordeste da Nigéria. 57 conseguiram fugir. O paradeiro das restantes continua a ser uma incógnita.

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