Na Grécia o julgamento do líder e de 68 membros do partido neonazi Aurora Dourada foi adiado para 12 de maio. Em causa estão questões processuais
Na Grécia o julgamento do líder e de 68 membros do partido neonazi Aurora Dourada foi adiado para 12 de maio.
Em causa estão questões processuais relacionadas com a eventual transferência das audiências, realizadas na prisão de Korydallos, para outro local, para evitar a perturbação no funcionamento de algumas escolas próximas do tribunal.
“O processo deve ser transferido das instalações da prisão para o Supremo Tribunal de Atenas e seguir os devidos procedimentos legais para garantir que a justiça seja feita”, disse o procurador do Estado Costas Papadakis.
Nikos Michaloliakos, líder e fundador do partido, 12 outros deputados e 45 militantes são acusados de “organização criminosa”, crime punível com até 20 anos de prisão. Em caso de condenação, a legalidade do partido fica também posta em causa.
As questões legais contra o Aurora Dourada foram desencadeadas depois do assassínio do antifascista Pavlos Fyssas, esfaqueado em setembro de 2013 por um militante daquele partido.
“Deixem-me lembrar-lhes que a Europa e o resto do mundo estão a ver. Os neofascistas não escaparão sem castigo. Pagarão pelos seus atos”, disse um apoiante do movimento antifascista grego.
Centenas de pessoas manifestaram-se contra o partido de extrema-direita junto ao cordão policial montado perto da prisão. Um homem tomado por apoiante do partido foi agredido e sofreu ferimentos ligeiros.
“Mais uma vez os líderes do Aurora Dourada não estiveram presentes no tribunal para reforçar a ideia de que as acusações contra eles são fruto de uma conspiração política para baixar a popularidade que o partido neofascista goza entre os eleitores”, sublinhou Stamatis Giannisis, da Euronews, em Atenas.