Rússia: Um país onde "tudo é possível"

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Um relatório compilado pelo antigo líder da oposição russo, Boris Nemtsov, assassinado a 27 de fevereiro no centro de Moscovo, revela que foram

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Um relatório compilado pelo antigo líder da oposição russo, Boris Nemtsov, assassinado a 27 de fevereiro no centro de Moscovo, revela que foram mortos pelo menos 220 soldados russos em duas batalhas no leste da Ucrânia, no ano passado.

O Ministério da Defesa nega e continua a afirmar que não há militares russos na Ucrânia, explicando que se trata de cidadãos russos que se juntaram aos separatistas de forma voluntária.

O relatório, publicado na terça-feira, afirma que os soldados foram dispensados das suas funções e alistados como voluntários.

Ilya Yashin amigo do opositor assassinado declarou: “ Um enorme dano político está a ser causado à Rússia através da sombria aventura geopolítica iniciada por Putin no Leste da Ucrânia. A guerra com a Ucrânia veio sem aviso prévio, suja e cínica. Este é um crime contra todos os povos da Rússia. Nós estamos a pagar por isso com a vida dos nossos compatriotas, com a crise económica e isolamento político “.

Pavel Felgenhauer, analista militar, “Novaya Gazeta” ao telefone para a Euronews comenta: “Este relatório, ninguém vai acetá-lo ou rejeitá-lo enquanto o Tsar (Putin) não se pronunciar para dizer “ sim, nós participamos nisso” ou “não fizemos nada”. Dentro de alguns anos alguém publica o resultado da investigação e dirá verdade sobre o que se passou. Nenhum país no mundo conduz tantas operações secretas – simplesmente impossível numa sociedade democrática, mas aqui sim, tudo é possível.”

Este relatório, em nome de Boris Nemtsov, deverá ter muito impacto sobre a cena política russa ou sobre o público russo.

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