A paixão arrebatadora da soprano Kristine Opolaïs

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A artista letã termina esta semana, em Munique, uma digressão da ópera "Yevgeniy Onegin". Fomos conhece-la pessoalmente.

Kristine Opolais é, aos 35 anos, uma das mais requisitadas sopranos do Mundo. Mulher determinada, apaixonada, extremista, a letã encerrou esta semana na casa da ópera estatal da Baviera, em Munique, na Alemanha, uma digressão integrando a ópera “Yevgeniy Onegin”, de Tchaikovsky.

O papel da infeliz “Tatyana” vive pela voz de Kristine Opolais. Intensa. Arrojada. Linda. Genuína. “Eu não sou a ‘Tatiana’. Não sou esta calma e tímida mulher. De facto, nunca estive numa situação como a dela em toda a minha vida”, revelou-nos a soprano italiana, que em 2007, antes da fama mundial, passou pela Casa da Música do Porto.

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Posted by Kristine Opolais on Sexta-feira, 8 de Maio de 2015

Ainda num registo de confissão pouco habitual nas grandes estrelas líricas, Opolais prosseguiu na comparação com a personagem de “Yevgeniy Onegin”: “É claro que estava apaixonada aos 14, 15 anos. Pensava que seria para sempre, mas depois acabava. É difícil comparar-me a ‘Tatyana’. Diria, antes, que depois da minha infância e de me ter casado, consigo sentir a ‘Tatyana’ de uma forma mais profunda.”

Mulher determinada tanto como apaixonada, Kristine admite ser uma extremista em tudo. “Nasci assim. Comigo, é ‘tudo ou nada’. Isto não é bom, claro. O meio termo é sempre melhor. Mas eu ando sempre à procura do meu meio-termo”, garantiu-nos a letã, que após a digressão de “Yevgneiy Onegin”, de acordo com o site oficial deverá tirar umas semanas de férias antes de regressar a meio de julho, de novo em Munique, com “Madame Butterfly.”

Na produção de “Yevgeniy Onegin”, realidade e imaginação misturam-se na mente do personagem principal masculino: “Yevgeniy” é assombrado por fantasias homoeróticas. Kristine teve de se aplicar para conquistar as plateias.

“Há muita paixão dentro de mim, por isso esse sentimento está sempre presente. Desde que entro em palco, eu tremo. Cada atuação, para mim, é a última. Pode acontecer… Por isso, vou para o palco com isso na cabeça: vou como se fosse a minha última vez”, explica-nos, contando que, na Ópera da Baviera teve de “trabalhar muito para agarrar a plateia”. “Fico tão feliz quando o consigo. É como se triunfasse. Penso sempre que ganhei e que lhes conquistei o coração. É algo especial!”

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