O poder dos estudantes

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Devem os alunos participar mais na gestão das escolas? O que é que acontece quando os poderes dos estudantes são reforçados?

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E se fossem os alunos a decidir como gerir a escola? Pode parecer um conceito muito liberal, mas há cada vez mais exemplos de estudantes envolvidos nos processos de tomada de decisão. Vamos conhecer alguns deles.

Austrália: São os estudantes que decidem quem fica e quem saiÉ uma iniciativa que abrange algumas escolas australianas: há painéis com estudantes a entrevistar candidatos para ocupar um lugar de professor. Os alunos têm assim a oportunidade de ter uma palavra a dizer sobre aqueles que serão os seus futuros pedagogos. Um dos exemplos vem da escola Nossal, nos arredores de Melbourne. O envolvimento dos alunos tem de obedecer a procedimentos específicos. Antes de participarem na seleção, recebem uma formação para tentar escolher de forma equilibrada e justa.

Portugal: Alunos que dão notas a professoresComo se define um bom professor? Em 2004, a Universidade do Porto deu os primeiros passos para implementar inquéritos pedagógicos que permitem aos alunos avaliar a qualidade do ensino. Os estudantes atribuem notas à estrutura das aulas, à interação que o professor estabelece, à ajuda fornecida e ainda ao grau de autonomia de que usufruem. Sofia Castro Gothen e Paulo Beleza Vasconcelos dão aulas na Faculdade de Economia, onde os estudantes lhes dão regularmente pareceres bastante positivos. Ambos elaboraram um plano de estratégias de ensino que tem recebido destaque. Aliás, a Universidade do Porto distinguiu-os com o Prémio de Excelência Pedagógica.

Reino Unido: Um espaço de democracia infantilChama-se Summerhill, fica em Leiston, no Reino Unido, e já foi rotulada como a escola mais polémica do mundo. Aqui é o aluno que manda. Um conjunto de filmagens, rodado em 1985 pelo antigo aluno Quincy Russell, mostra o quanto as crianças, já na altura, desfrutavam desta experiência educativa considerada inédita e radical, onde as aulas são opcionais. A regra é não haver regras. Hoje em dia, Quincy vive em França. Tem dois filhos, Jake e Maïlys, que também frequentaram Summerhill. Apesar de lhe ter custado a distância, Quincy fez questão que eles tivessem a mesma experiência.

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