Macedónia à beira da guerra?

Macedónia à beira da guerra?
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Esta é a pior crise na Antiga República Jugoslava da Macedónia, desde 2001. Na época o país esteve à beira de uma guerra civil provocada pela

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Esta é a pior crise na Antiga República Jugoslava da Macedónia, desde 2001.

Na época o país esteve à beira de uma guerra civil provocada pela insurreição de um grupo rebelde que exigia mais direitos para a minoria étnica albanesa, que constitui cerca de um quarto da população da pequena república, com pouco mais de dois milhões de habitantes.

O Ocidente acreditou que a perspetiva de adesão à União Europeia e à NATO iria colocar um fim às tensões étnicas na Macedónia, que resolveria a disputa com a Grécia em relação ao nome e que iria incentivar a democracia no país.

As autoridades de Bruxelas mostraram, já, “grande preocupação” em relação “à deterioração da situação no país, em especial no domínio do Estado de direito, dos direitos fundamentais e da liberdade de imprensa”.

O Governo Skopje está sob pressão internacional para clarificar as acusações de que orquestrou um esquema de fraude eleitoral, com o objetivo de vencer as eleições parlamentares de abril.

O escândalo foi despoletado pelo líder da oposição, Zoran Zaev, que divulgou várias transcrições de escutas telefónicas secretas, que visam membros do executivo. Nas conversas os governantes falam desde a alegada fraude eleitoral a alegados assassinatos.

Em abril, as forças governamentais avançaram com uma ofensiva militar contra um grupo de rebeldes, num bairro de etnia albanesa, na cidade de Kumanovo, no norte do país.

Os confrontos resultaram em 22 mortos. Oposição e observadores internacionais acusaram o governo do primeiro-ministro Nikola Gruevski de manobras de distração.

A Rússia acusou o Ocidente de estar a fomentar uma revolução contra o Governo da Macedónia por ter recusado associar-se às sanções europeias, contra a Rússia, por causa do conflito na Ucrânia.

Numa tentativa de fugir à violência que começa a sentir-se no país, milhares de macedónios tentam procurar refúgio nos países vizinhos.

As capitais europeias estão em sobressalto pois temem o regresso dos conflitos aos Balcãs, uma região assolada por conflitos assentes sobre linhas étnicas e nacionais.

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