Os maquinistas alemães prosseguem o braço de ferro com a direção da companhia Deutsche Bahn, no segundo dia da nona greve, em dez meses, a afetar a
Os maquinistas alemães prosseguem o braço de ferro com a direção da companhia Deutsche Bahn, no segundo dia da nona greve, em dez meses, a afetar a circulação ferroviária no país.
A paralisação dos comboios de mercadorias, iniciada ontem, foi alargada esta manhã aos comboios de passageiros, quando os sindicatos ameaçam prolongar o protesto por vários dias.
Em Colónia, um passageiro afirma, “foi a minha última viagem com a Deutsche Bahn. Não vou deixar que voltem a arruinar-me uma viagem. Duas vezes é demais”.
A greve ocorre dias depois de um novo fracasso das negociações com o sindicato dos maquinistas GDL, que exige aumentos salariais de 5% e uma redução do horário de trabalho.
Para o diretor da companhia ferroviária alemã, Ulrich Weber, “não podemos deixar que esta escalada desnecessária afete milhões de pessoas ao longo da Alemanha, especialmente durante o fim de semana de Pentecostes, um dos períodos com mais tráfego depois da Páscoa e do Natal”.
O governo alemão anunciou já a intenção de nomear um mediador para tentar solucionar o conflito, quando discute no parlamento uma nova lei para evitar que sindicatos minoritários possam paralizar toda uma empresa.
Para o líder do sindicato dos maquinistas GDL, Claus Weselsky, na base do protesto: “Cerca de 3.330 membros do nosso sindicato aderiram à greve o que significa que os trabalhadores sabem que estamos a defendê-los e estão determinados a prosseguir o protesto durante um longo período de tempo”.
Uma possibilidade que inquieta governo e empresários que calculam as perdas causadas pela greve em mais de 100 milhões de euros diários, cerca de 0.1% do PIB alemão do segundo semestre, caso o protesto se prolongue mais de dez dias.