França junta-se aos nove países da UE que discordam com as quotas de distribuição de migrantes

França junta-se aos nove países da UE que discordam com as quotas de distribuição de migrantes
De  Fernando Peneda com Lusa/AFP/Reuters
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Apesar de centenas de migrantes continuarem a ser resgatados no Mediterrâneo e enviados na sua maioria para Itália e Grécia, o presidente francês

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Apesar de centenas de migrantes continuarem a ser resgatados no Mediterrâneo e enviados na sua maioria para Itália e Grécia, o presidente francês, François Hollande, juntou-se às vozes dos que não estão de acordo com o princípio de quotas de distribuição dos migrantes resgatados pelos países da União Europeia.

“Não pode haver quotas para os migrantes. O direito de asilo não obedece a quotas. Não se dá asilo em função de um número de pessoas que já estão autorizadas. Em contrapartida, uma vez que existem refugiados e que vão sempre para os mesmos países, devemos fazer com que outros países recebam igualmente a sua parte. É o que se chama repartir”, disse François Hollande.

A França junta-se assim ao Reino Unido, Espanha, Hungria, República Checa, Eslováquia, Polónia, Lituânia, Letónia e Estónia, que não aceitam o sistema de quotas ou recusam aceitar migrantes.

Em Itália o primeiro-ministro Matteo Renzi disse que gostava de recuperar do fundo do mar o barco que o mês passado se afundou com 800 migrantes a bordo
“… para que todos vejam o que aconteceu e que é inaceitável continuar a dizer – como se diz popularmente – ‘olhos que não vêm, coração que não sente’”.

Na segunda-feira, os ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa da UE deram luz verde a uma missão naval no Mediterrâneo para lutar contra as redes de tráfico de imigrantes.

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