Riga: clima de tensão na cimeira da Parceria Oriental

Riga: clima de tensão na cimeira da Parceria Oriental
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De  Pedro Sacadura
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A falta de sintonia ensombra a IV cimeira da Parceria Oriental, que arrancou esta quinta-feira em Riga, Letónia. O Presidente ucraniano reagiu às

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A falta de sintonia ensombra a IV cimeira da Parceria Oriental, que arrancou esta quinta-feira em Riga, Letónia.

O Presidente ucraniano reagiu às informações que dão conta que países participantes como a Bielorrússia e a Arménia deverão recusar subscrever a declaração conjunta da Cimeira e disse que ninguém, no encontro, dúvida que a Crimeia foi anexada pela Rússia.

Petro Poroshenko referiu-se a dois soldados russos capturados recentemente no leste da Ucrânia: “Temos provas da presença do exército russo, com tropas. Esta quinta-feira, a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa e a Cruz Vermelha Internacional fizeram uma declaração oficial de que os soldados que estão agora a receber tratamento adequado no nosso hospital são soldados ao serviço das tropas russas.”

O termo “anexação ilegal” da Crimeia, que Moscovo considera uma “reunificação”, deverá constar do documento final na conclusão da cimeira, esta sexta-feira.

“Não penso que qualquer país tenha de escolher entre a União Europeia e a Rússia. Acredito que o encontro sublinha o nosso compromisso de Parceria Oriental. Sublinha que cada país é soberano e tem o direito de escolher por si próprio”, ressalvou a primeira-ministra da Dinamarca, Helle Thorning-Schmidt.

Moscovo disse esperar que a Cimeira não se converta num encontro alinhado “anti-Rússia”. Em entrevista exclusiva à Euronews, o embaixador russo junto da União Europeia, Vladimir Chizhov, alertou para o risco de se desvirtuar que a essência da parceria: “Alguns Estados-membros da União Europeia não olham genuinamente para a Parceria Oriental como um instrumento para trazer os países para a União Europeia. Em vez disso encaram a Parceria como um instrumento para afastar estes países da Rússia.”

À margem da cimeira, e uma vez que os líderes dos 28 se deslocaram a Riga, estão previstos encontros bilaterais à procura de desenvolvimentos sobre o programa de assistência à Grécia.

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