Presidente da Colômbia garante estar pronto para eventual contra-ataque das FARC

Presidente da Colômbia garante estar pronto para eventual contra-ataque das FARC
Direitos de autor 
De  Francisco Marques com EL UNIVERSAL
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button

Operação militar de quinta-feira fez 26 mortos entre guerrilheiros revolucionários. O cessar-fogo acordado em dezembro terminou de forma unilateral

PUBLICIDADE

O Presidente da Colômbia garantiu estar pronto para uma eventual resposta armada das Forças Armadas Revolucionárias (FARC) à operação militar da madrugada de quinta-feira, em que terão sido mortos 26 guerrilheiros. A garantia de Juan Manuel Santos surgiu momentos depois dos rebeldes terem anunciado o fim unilateral do cessar-fogo que imperava no país há cinco meses.

“Dez minutos depois de ter dado a conhecer aos colombianos que tinham morrido 26 guerrilheiros nesta operação militar, as FARC vieram logo dizer que suspendiam o cessar-fogo e iniciavam ofensivas militares como ato de represália. Quero dizer-lhes, como, é óbvio, que estaremos preparados para isso embora insistamos em procurar essa paz que o país precisa”, afirmou o Presidente colombiano, à margem de um seminário de Literatura da China e da Colômbia, onde esteve acompanhado pelo primeiro-ministro chinês Li Kekiang.

Operación conjunta de FFAA de anoche fue acción contundente contra responsables de ataque Gorgona, narcotráfico, extorsión y minería ilegal.

— Juan Manuel Santos (@JuanManSantos) 22 maio 2015

Juan Manuel Santos acrescentou ainda que “as forças armadas (colombianas) estão a cumprir o seu dever”, considerando ser “claro que a guerrilha já deve estar a pensar em como se vingar e em represálias”. “Esta guerra, em que levamos mais de 50 anos, colocou-nos numa espiral onde os nossos filhos crescem com violência”, lamentou.

Con la misma firmeza y decisión que hemos emprendido conversaciones de paz, seguiremos combatiendo sin tregua a subversión en todo el país.

— Juan Manuel Santos (@JuanManSantos) 22 maio 2015

Horas antes, perante alguns líderes militares colombianos, o Presidente já tinha revelado os resultados da operação militar de quinta-feira numa comunicação em que já havia deixado uma promessa: “Vamos continuar a combater, sem tréguas nem quartel, todas as formas de criminalidade em todos os cantos da pátria.”

A este anúncio, as FARC responderam com um comunicado em que criticavam a “incoerência do governo Santos” e responsabilizavam o Presidente colombiano pelo final do cessar-fogo. Mais tarde, num outro comunicado, o grupo guerrilheiro alertou que a zona de Guapi, na região de Cauca, no sidoeste colombiano, onde aconteceu a operação militar, está em risco de perigosos deslizamentos de terras e que a população est´em pânico.

#CeseAlFuegoBilateralYAhttp://t.co/kWkUie6qwN

— Diálogos Paz FARC (FARC_EPaz) <a href="https://twitter.com/FARC_EPaz/status/601869251666976768">22 maio 2015</a></blockquote> <script async src="//platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script> <p>O ataque ao acampamento das FARC aconteceu na madrugada de quinta-feira, numa altura em que as duas partes se têm sentado à mesma mesa em Havana, Cuba, para negociar um processo de paz para o país. À partida, a julgar pelas palavras proferidas de ambos os lados, o diálogo pela paz vai manter-se, mas há agora incerteza se o país se manterá pacífico no processo. <p> <blockquote class="twitter-tweet" lang="pt" align="center"><p lang="es" dir="ltr">¿No es masacre cuando mueren 26 <a href="https://twitter.com/hashtag/guerrilleros?src=hash">#guerrilleros</a>?&#10;Vía: Las2orillas&#10;&#10;26 guerrilleros de las <a href="https://twitter.com/hashtag/Farc?src=hash">#Farc</a>, fueron masacrados... <a href="http://t.co/n5YCj7DyuX">http://t.co/n5YCj7DyuX</a></p>&mdash; Diálogos Paz FARC (FARC_EPaz) 22 maio 2015

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Presidente colombiano pede perdão às famílias das pessoas desaparecidas e mortas

Colombianos levam os colchões para a rua para celebrar "Dia Mundial da Preguiça"

Filho do presidente da Colômbia detido por lavagem de dinheiro