UE em Riga, entre apoiar a Ucrânia e apaziguar o Kremlin

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De  Nelson Pereira
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A União Europeia debate em Riga, na Letónia, a parceria a leste, com a Rússia em pano de fundo – na cimeira de dois dias que termina esta

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A União Europeia debate em Riga, na Letónia, a parceria a leste, com a Rússia em pano de fundo – na cimeira de dois dias que termina esta sexta-feira, e na qual participam os líderes europeus e os representantes da Moldávia, Ucrânia, Geórgia, Arménia, Azerbaijão e Bielorrússia.

Segundo o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, é tempo de a Rússia “suavizar a agressividade destrutiva e as táticas de bullying contra os seus vizinhos”.

“Permitam-me que responda àqueles que afirmam que a Parceria a Leste é dirigida contra a Rússia. Não é verdade. A Parceria a Leste não é um concurso de beleza entre a Rússia e a União Europeia. Mas, para ser sincero, a beleza também conta”, afirmou o ex-primeiro-ministro polaco.

Segundo o chefe da diplomacia da Letónia, esta cimeira não vai poder ignorar a anexação da Crimeia pela Rússia em março de 2014 e o envolvimento do Kremlin no conflito no leste da Ucrânia:

“Quero sublinhar que tanto os estados membros da União Europeia como os nossos parceiros são livres de apontar assuntos pertinentes. E certamente a situação na Ucrânia e a implementação dos acordos de Minsk vai ser um destes assuntos”, disse Edgars Rinkevics.

Mas enquanto o presidente ucraniano Petro Poroshenko insiste que Kiev aspira a um futuro europeu, aqui ninguém esquece que o Kremlin condena uma Parceria a Leste que ponha em causa os interesses da Rússia.

De acordo com as nossas fontes, a declaração final vai referir o conflito na Ucrânia e incluirá um apelo às partes signatárias dos acordos de Minsk. Todavia, a condenação da anexação da Crimeia pela Rússia é rejeitada por dois países – a Arménia e a Bielorrússia.

À margem da cimeira, o primeiro-ministro grego Alexis Tsipras discutiu com os representantes da Alemanha e França a crise da dívida de Atenas. Segundo fonte próxima de Tsipras, Angela Merkel e François Hollande terão oferecido ao chefe do governo grego o seu apoio pessoal no sentido de acelerar o processo, rumo a uma solução de longo prazo.

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