Os vencedores da edição 2015 do Festival de Cannes

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O júri de Cannes presidido pelos irmãos Cohen deu a Palma de Ouro a Jacques Audiard. No filme, “Dheepan”, o realizador francês segue o percurso de um

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O júri de Cannes presidido pelos irmãos Cohen deu a Palma de Ouro a Jacques Audiard. No filme, “Dheepan”, o realizador francês segue o percurso de um grupo de refugiados do Sri Lanka, em França.

Jacques Audiard já tinha recebido o prémio de melhor argumento e o Grande Prémio do Júri pelo filme “O profeta”.

“Dheepan foi um filme arriscado e perigoso para mim, do ponto de vista da narração. Fiquei surpreendido pelo filme ter sido visto e apreciado. É tocante. Ainda por cima, o prémio foi entregue pelos irmãos Cohen. Cada vez que estou em Cannes sinto-me impressionado, vi passar por aqui muitas pessoas que me deram vontade de fazer filmes”, afirmou Audiard.

“Dheepan” reúne um antigo soldado, uma mulher e uma criança que fugiram da guerra civil do Sri Lanka e que tentam reconstruir as vidas numa cidade da periferia de Paris. Para isso, fingem ser uma família.

Grande Prémio do Júri

Um dos filmes sensação deste ano, “O Filho de Saul“recebeu o Grande Prémio do Júri. A primeira longa-metragem do realizador húngaro Laszlo Nemes, aborda o tema do holocausto.

“Penso que se trata de uma questão que perturba o nosso continente, podemos vê-lo é uma ferida aberta. São forças subjacentes que podemos sentir. As novas gerações têm de conhecer o que aconteceu e falar disso de uma forma aberta. Foi por isso que fizemos este filme”, contou o realizador húngaro.

“O Filho de Saul” gira em torno de um judeu obrigado a trabalhar no crematório do campo de concentração de Auschwitz.

Prémios de Interpretação

O prémio de interpretação feminina foi entregue a duas atrizes, Emmanuelle Bercot e Mara Rooney. Além de participar na película de Maïwenn, a atriz francesa realizou o filme de abertura do festival.

“Se estou aqui hoje, devo-o à Maïwenn que quis que eu incarnasse o papel principal do seu segundo filme depois de Polisse. Não sou uma atriz conhecida e não sou jovem. Ela é uma pessoa singular, está-se nas tintas para as regras, ela tem uma ideia e tenta realizá-la contra tudo e contra todos se for preciso. Estou muito agradecida por ter tido a sorte de interpretar este papel incrível”, sublinhou Emmanuelle Bercot.

A longa-metragem de Maïwenn retrata uma mulher internada numa clínica após um grave acidente de esqui. Durante esse periodo a paciente recorda uma história de amor passada.

Vincent Lindon venceu o prémio de melhor ator pelo papel no filme “La loi du marché”, do realizador francês Stéphane Brizé. O ator prestou homenagem ao cineasta.

“Um ator que não tenha um encenador que gosta dele e que o trate com benevolência não pode fazer nada. Por isso, o Stéphen Brizé ganhou o prémio comigo. Neste filme, estou muito presente em frente da câmara. Trata-se de um prémio de interpretação fílmica. Estou muito feliz por ele ter conseguido fazer com que o ator ganhasse um prémio”, disse Lindon.

“La Loi du marché” retrata o mundo laboral. Aos 51 anos, após quase dois anos de desemprego, a personagem principal começa a trabalhar como segurança, um emprego que a coloca face a um dilema moral. Neste filme, feito com um orçamento reduzido, o único ator profissional é o protagonista.

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