O Diabo e o Amor: "A Carreira do Libertino" regressa ao Met

Em parceria com
O Diabo e o Amor: "A Carreira do Libertino" regressa ao Met
De  Euronews
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

É uma estória que versa sobre a ascensão e queda de um homem seduzido pelas promessas de dinheiro e felicidade feitas por um misterioso visitante –

É uma estória que versa sobre a ascensão e queda de um homem seduzido pelas promessas de dinheiro e felicidade feitas por um misterioso visitante – que é, afinal, o próprio Diabo.

“The Rake’s Progress” ou “A Carreira do Libertino”, de Igor Stravinsky, regressou aos palcos da Metropolitan Opera de Nova Iorque, desta feita sob a direcção de James Levine.

Stravinsky, um dos compositores mais marcantes do século 20, nasceu na Rússia, mas foi precisamente nos Estados Unidos que escreveu esta obra. Nela, o demoníaco Nick Shadow convence o jovem Tom Rakewell a abandonar a sua amada pelos prazeres da metrópole – é o início de uma espiral rumo ao precipício.

Segundo o baixo-barítono Gerald Finley, “o grande propósito de Nick é aprisionar a alma de Tom Rakewell. Nick é uma daquelas personagens universais que aparece na estória para oferecer a tentação da possibilidade, para oferecer a oportunidade de desfrutar da vida sem fazer grandes esforços.”

Finley explica que “a composição reflete várias influências: ouvimos Bach, ouvimos Mozart, Haydn. Mas não se trata de uma cópia. Stravinsky cria um filtro maravilhoso. Há sempre uma surpresa ou um engrandecimento. É uma viagem magnífica entre o clássico e o musical moderno americano.”

O cantor tem uma relação muito próxima com o Met, assim como Paul Appleby. Este tenor americano conhece particularmente bem os corredores desta casa – estudou aqui durante três anos e foi aqui que finalmente pisou o palco. Para Appleby, “Tom não é apenas um tonto que se deixa enredar pelo demónio. O texto é brilhante. E tudo o que Stravinsky conseguiu fazer com ele acaba por conferir muita complexidade a uma personagem que é luminosa, arrebatada e mal orientada.”

A relação com esta ópera nova-iorquina é, para o tenor, fusional. “A pressão que sentimos ao trabalhar no Met é pedagógica. Se chegarmos inteiros ao fim de uma peça, ficamos muito mais sólidos. É parar ou morrer”, afirma Appleby.

Para ouvir mais excertos das entrevistas com o tenor Paul Appleby e o baixo-barítono Gerald Finley, clique na ligação:O futuro da ópera passa pelo programa do Met para jovens artistas

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

O futuro da ópera passa pelo programa do Met para jovens artistas

Talentoso jovem maestro ganha Prémio Herbert von Karajan

Prémio Herbert von Karajan para Jovens Maestros: uma experiência emocionante