Blatter continua em jogo e ao ataque

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De  Nelson Pereira
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Reeleito na sexta-feira para um quinto mandato como presidente da FIFA, Joseph Blatter reiterou esta sábado as críticas à operação policial

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Reeleito na sexta-feira para um quinto mandato como presidente da FIFA, Joseph Blatter reiterou esta sábado as críticas à operação policial americana de quarta-feira e sugeriu ser vítima de uma campanha de ódio.

No seu primeiro discurso público, em Zurique, Blatter ressalvou que os seus 79 anos de idade não são um problema e afirmou estar pronto a resolver os problemas da FIFA.

“Assumo esta responsabilidade, disse-o no congresso e vou fazê-lo (…) Repor o barco da FIFA em águas menos perturbadas e conduzi-lo finalmente a uma situação calma e satisfatória, com uma FIFA robusta e bela”, disse o dirigente helvético.

Vítima de conspiraçãoQuanto à detenção de nove dirigentes e ex-dirigentes da FIFA sob acusação de corrupção, a dois dias do congresso anual da organização, Blatter não acredita em coincidências:

“A apoteose, foi a grande operação policial às seis horas da manhã, num grande hotel de Zurique, onde curiosamente estavam já três jornalistas norte-americanos”, sublinhou.

Pouco depois da reeleição, em declarações à televisão suíça RTS, Blatter atacou os Estados Unidos e o presidente da UEFA, Michel Platini, que pedira a sua demissão, sugeriu um complot e uma campanha de ódio orquestrada pela UEFA.

O lider da FIFA declarou estar “chocado” com as acusações da justiça norte-americana, que considera uma tentativa para “interferir com o congresso” no qual foi reeleito.

“Há sinais que não enganam: os americanos eram candidatos à Taça do Mundo de 2022 e perderam (…) Se os americanos têm de resolver delitos financeiros ou de direito comum que envolvem cidadãos norte ou sul- americanos, que os detenham lá e não em Zurique, durante um congresso”, afirmou Blatter.

O presidente reeleito sublinhou ainda que os Estados Unidos são o financiador principal do Reino da Jordânia, sugerindo que o príncipe jordano seu rival não é imparcial neste caso.

Parabéns de Putin, desgosto de FigoO presidente da Rússia, Vladimir Putin, que tinha acusado os Estados Unidos da intenção de afastar Joseph Blatter da presidência da FIFA, felicitou o suíço pela reeleição. Putin enviou um telegrama a Blatter louvando a sua “autoridade, profissionalismo e experiência”.

Uma opinião nos antípodas da reação de Luís Figo:

Today, FIFA has lost, but above everything, football has lost and everyone who truly cares about it has lost too http://t.co/4wsE145STf

— Luís Figo (@LuisFigo) May 29, 2015

Joseph Blatter foi reeleito na sexta-feira para um quinto mandato como presidente da FIFA, até 2018, ao vencer o princípe Ali bin al Hussein, da Jordânia, num sufrágio realizado no 65.º Congresso do organismo que tutela o futebol mundial.

Blatter acabou por ser eleito ao final da primeira volta, depois de o seu adversário jordano ter anunciado que não disputaria uma segunda volta.

Acusados de corrupçãoNa quarta-feira, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos indiciou nove dirigentes ou ex-dirigentes e cinco parceiros da FIFA, sob acusações de associação criminosa e responsabilidade em atos de corrupção praticados nos últimos 24 anos, num caso em que estarão em causa subornos no valor de quase 140 milhões de euros.

Entre os acusados, estão dois vice-presidentes da FIFA, o uruguaio Eugenio Figueredo e Jeffrey Webb, das Ilhas Caimão – que é também presidente da CONCACAF (Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caraíbas), e ainda o paraguaio Nicolás Leoz, ex-presidente da Confederação da América do Sul (Conmebol).

Entre os restantes dirigentes indiciados está o brasileiro José María Marín, membro do comité da FIFA para os Jogos Olímpicos Rio2016, o nicaraguense Júlio Rocha, o venezuelano Rafael Esquivel e Costas Takkas, das Ilhas Caimão, o costarriquenho Eduardo Li e Jack Warner, de Trinidad e Tobago.

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