O "rapazito engraçado" que incomoda Erdogan

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De  Nelson Pereira
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A paisagem política na Turquia alterada pela ascenção do HDP, o Partido Democrático do Povo. Ao obter representação parlamentar, o HDP pôs fim a 13

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A paisagem política na Turquia alterada pela ascenção do HDP, o Partido Democrático do Povo.

Ao obter representação parlamentar, o HDP pôs fim a 13 anos de maioria parlamentar do partido do presidente Tayyip Erdogan, o AKP. Um sucesso que se deve, em grande parte, ao voto de protesto dos opositores de Erdogan, e ao impacto de um líder carismático, Selahattin Demirtas.

O presidente turco não calculou bem as palavras, quando numa tentativa de diminuir o “efeito Selahattin”, se referiu ao seu jovem opositor como “esse rapazito engraçado”.

Com a promessa de uma política ao serviço de todos os cidadãos, independentemente das das divisões étnicas e religiosas, Demirtas apresentou-se como representante de todos os eleitores.

“Esta é uma vitória conjunta de todos os oprimidos – turcos, curdos, árabes, caucasianos, arménios, bósnios, alauitas, sunitas, cristãos, judeus, yazidis, todos os que são discriminados e desejam viver as suas crenças em liberdade.”, sublinhou.

Com 13,8% dos votos, o HDP conquistou 80 dos 550 lugares do parlamento turco.

Partido ligado à minoria curda, durante a campanha eleitoral, o Partido Democrático do Povo passou a apresentar-se como partido turco, defensor das minorias sexuais e religiosas da Turquia e opositor do ensino obrigatório do islão nas escolas.

Entretanto, o PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão), o ramo armado curdo na clandestinidade, assinou um acordo de cessar-fogo com o governo turco, com o objetivo de implementar a paz e reconciliação entre turcos e curdos.

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