É hora do tudo ou nada em Atenas: o Euro está em cima da mesa!

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A Grécia tem até ao fim do mês para pagar o que deve ao FMI ou entrar em incumprimento. Governo de Tsipras resiste ao máximo a mais austeridade, mas a maioria dos gregos não querem sair do euro, eis o

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O Governo da Grécia está sob uma intensa pressão. Um acordo com os credores precisa-se, mas o braço de ferro não desarma dada a relutância do executivo de Alexis Tsipras em aceitar as propostas do FMI para uma eventual extensão do programa de resgate, as quais incluem mais austeridade, o que contraria as promessas eleitorais que levaram o Syriza ao Governo.

O ministro das Finanças foi questionado esta manhã pelos jornalistas se a Grécia iria aceitar um novo plano de resgate. Yannis Varoufakis foi taxativo — ou pelo menos tentou sê-lo, perante os gregos: “Não, não. Não foi para isso que fomos eleitos”, afirmou o ministro, que, horas antes, através do Twitter havia reafirmado que a Grécia não entre em “jogos.”

Contrary to stubborn rumours, we never gambled. http://t.co/CAHwnx4HoH

— Yanis Varoufakis (@yanisvaroufakis) 12 junho 2015

A verdade que já esta tarde Alexis Tsipras marcou uma reunião de emergência com vários ministros do governo helénico, onde se incluem Varoufakis e o ministro da Defesa, Panos Kammenos, o também líder do partido Aner com o qual o Syriza se coligou para formar Governo. Isto num dia em que os jornais gregos deram eco da reunião sem sucesso realizada quinta-feira entre o primeiro-ministro helénico e o presidente da Comissão Europeia.

We're working together to reach an agreement that will ensure that Greece returns to growth w/social cohesion & a sustainable debt. #EUCELAC

— Alexis Tsipras (@tsipras_eu) 11 junho 2015

Jean-Claude Juncker, entretanto, já fez saber que, depois de terem caído num impasse, as negociações com a Grécia já teriam sido retomadas. Mas avisou: a bola está do lado de Atenas. Nas ruas, porém, o pessimismo dos gregos aumenta. “Estas pessoas estão a levar-nos direitos à ruína. Não há forma de conseguirem chegar a acordo. A dívida é tão grande que infelizmente não pode ser paga. Todos o sabem”, afirmou Kostas, um reformado de Atenas.

“A cada semana esperamos que alguma coisa vai acontecer na sexta-feira. Podemos pensar em tirar o nosso dinheiro dos bancos ou que se passe algo como no Chipre, mas na segunda-feira todos os bancos vão estar fechados. Infelizmente, estou muito pessimista. É isso que eles estão a provocar nas pessoas: pessimismo”, lamentou Vangelis Grigoriadis, profissional farmacêutico na capital helénica.

A notícia de quinta-feira de que o Fundo Monetário Internacional (FMI) se retirava das negociações com Atenas levou a uma queda acentuada da bolsa grega.

A Alemanha, pela voz do ministro das Finanças Wolfgang Schauble, exige o FMI à mesa e a chanceler Angela Merkel, por sua vez, garantiu tudo estar a fazer para que a Grécia se mantenha na zona euro.

In pictures: Art and austerity – Greek graffiti: http://t.co/h0ImxZAOORpic.twitter.com/DHMCOTWDMK

— Reuters Top News (@Reuters) 12 junho 2015

Cabe aos gregos desatar o nó. Atenas tem até ao fim de junho para acabar de pagar ao FMI o último empréstimo — falta uma tranche de 1,6 mil milhões de euros. Uma extensão do prazo ou mesmo um novo programa dependem de reformas que implicam mais austeridade sobre os gregos. O Governo liderado por Tsipras está irredutível, mas… irá resistir? Uma recente sondagem indica que 77,4 por cento dos gregos querem continuar no euro.

ULTIMATUM: #Greece Given 24 Hours to Comply $GREK$SPY#ECB#IMFhttp://t.co/S8gVcPLmEWpic.twitter.com/EF9fQnKHtV

— Phil Davis (@philstockworld) 12 junho 2015

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