A delegação grega de negociadores voou, este sábado, para Bruxelas com uma nova proposta que espera possa dissipar as divergências com os seus
A delegação grega de negociadores voou, este sábado, para Bruxelas com uma nova proposta que espera possa dissipar as divergências com os seus credores.
Mas na Grécia a preocupação em relação ao futuro aumenta. Teme-se, como caricaturam, alguns jornais, que o governo ceda às pressões:
“Eles vão adotar medidas tão duras que vamos todos sofrer. Principalmente as crianças. Não há nada que possamos fazer. Já não confiamos em ninguém. Nem em Samaras nem em Tsipras”, afirma Kostas Spyropoulos, que está desempregado.
“Trabalho aqui há 40 anos e nunca vi uma crise como esta. Vendíamos toneladas de produtos e, agora, nem sequer vendemos uma caixa, porque as pessoas não têm dinheiro”, desabafa Evaggelos Katopodis, vendedor no mercado de Atenas.
“Dizer que queremos permanecer na zona euro mas que não queremos novas medidas é absurdo, temos de decidir-nos. Ou fazemos o que eles nos dizem, e aceitamos e implementamos as medidas que eles querem, ou negociamos e aceitamos o risco de sermos obrigados a sair”, adianta Vicky Sachinidou, residente da capital grega.
Se a Grécia não chegar a acordo o risco de incumprimento é grande. Tsipras não quer ultrapassar a barreira que o leva a mais cortes nas pensões e nos direitos dos trabalhadores, resta saber se vai conseguir fazê-lo.