A Grécia está à beira da bancarrota mas as dificuldades financeiras sentem-se há muito tempo. Desde setembro do ano passado, ainda sob o anterior
A Grécia está à beira da bancarrota mas as dificuldades financeiras sentem-se há muito tempo. Desde setembro do ano passado, ainda sob o anterior governo conservador, que o país não recebe dinheiro dos credores internacionais. A situação é insustentável em muitos setores. É o caso dos condutores de ambulâncias que há vários meses não recebem horas extraordinárias e outros extras da função.
“Há muito tempo que mostramos uma grande resistência. Nós percebemos a gravidade da situação mas todos nós temos obrigações para cumprir, dívidas para pagar e agora chegámos a um ponto de rutura” – confessa Tassos Anastasatos.
A falta de dinheiro é visível também no parque automóvel. Em Atenas há centena e meia de ambulâncias mas nem todas podem atender emergências.
“Temos cerca de 50 ambulâncias avariadas. A maioria tem problemas graves, de motor por exemplo, mas muitas têm pequenas avarias que poderiam ser reparadas facilmente. Mas não podem ser arranjadas porque não há dinheiro” – explica Georgios Mathiopoulos, presidente do sindicato do pessoal das ambulâncias
A situação é difícil e as últimas notícias não são encorajadoras. Mas enquanto há sol há esperança, sobretudo na Grécia.
“O Estado prometeu pagar uma parte dos salários em atraso e os condutores de ambulâncias suspenderam a greve que tinham anunciado. Os trabalhadores não querem colocar em perigo um setor de saúde pública, em particular numa altura em que os turistas afluem em massa ao país” – sublinha a correspondente da euronews em Atenas, Symela Touchtidou.