Charleston: Um crime com "motivações racistas" para Barack Obama

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O ataque contra a igreja de Charleston, na quinta-feira, é uma ação com motivações racistas. A afirmação não vem da justiça norte-americana, que

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O ataque contra a igreja de Charleston, na quinta-feira, é uma ação com motivações racistas.

A afirmação não vem da justiça norte-americana, que prossegue a investigação à morte de 9 fiéis afro-americanos por um jovem atirador, mas do próprio presidente dos Estados Unidos.

Dylan Roof, de 21 anos, compareceu ontem pela primeira vez frente ao tribunal, acusado de assassínio e de um ato de “terrorismo interno”.

Barack Obama não hesitou em denunciar as motivações racistas do crime, durante um discurso em São Francisco:

“As motivações aparentes do atirador lembram-nos que o racismo permanece um problema que temos que combater juntos. Fizémos grandes avanços mas temos que permanecer vigilantes pois o problema persiste, sobretudo quando envenena as mentes dos mais jovens, trai os nossos ideais e estilhaça a nossa democracia”.

O ataque contra a igreja da Carolina do Sul, antigo estado esclavagista, revela a sombria nostalgia da segregação racial na região

Uma situação agravada pela decisão das autoridades locais de não retirar, nem colocar a meia haste, uma antiga bandeira dos estados confederados do sul, instalada desde há décadas junto à sede do governo.

A bandeira em questão, defendida pelas autoridades estaduais como um objeto histórico, é igualmente o símbolo de vários grupos de extrema-direita nos EUA.

O gesto das autoridades locais foi condenado pela principal associação de defesa dos direitos da comunidade afro-americana:

“Não podemos ver este símbolo ostentado como um emblema, como uma ferramenta e uma inspiração para o ódio e para a violência. Este símbolo tem que ser removido da capital do estado”, afirmou Cornell William Brooks, presidente da associação NCAACP.

Longe de uma “nova guerra racial”, defendida pelo atirador de Charleston durante o ataque, os familiares das vítimas apelaram ontem ao perdão, durante uma cerimónia religiosa que juntou milhares de pessoas na cidade.

Na quinta-feira, Dylan Roof, tinha entrado na igreja de Charleston, durante uma reunião de leitura da bíbilia, a convite dos participantes.

Depois de assistir ao encontro, em silêncio, durante cerca de uma hora, Roof, abateu seis mulheres e três homens à queima-roupa com um revólver de calibre 45, após ter alegadamente afirmado frente à audiência: “vocês violaram as nossas mulheres e querem tomar o controlo do país”.

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