Eurotúnel reabre mas Eurostar interrompe circulação durante a noite

Eurotúnel reabre mas Eurostar interrompe circulação durante a noite
De  Francisco Marques com Lusa
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O túnel ferroviário sob o Canal da Mancha reabriu esta terça-feira à tarde, após uma interrupção do tráfego de várias horas devido a um protesto

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O túnel ferroviário sob o Canal da Mancha reabriu esta terça-feira à tarde, após uma interrupção do tráfego de várias horas devido a um protesto laboral em Calais, que também bloqueou durante o dia aquele porto do noroeste de França.

O Eurotúnel indicou que a circulação dos comboios foi restabelecida ao fim de três horas de corte, assim que foram retirados do local os funcionários da empresa MyFerryLink. Os grevistas tinham entrado na área das instalações da empresa para incendiar pneus nas vias de acesso ao túnel. Os comboios de passageiros Eurostar, que ligam Paris e Bruxelas a Londres, apenas voltarão a circular quarta-feira.

A maioria dos trabalhadores da MyFerryLink decidiu manifestar-se através do bloqueio da autoestrada que dá acesso às instalações portuárias de Calais, o que provocou filas de centenas de camiões, que não puderam embarcar para fazer a travessia.

Alguns dos imigrantes ilegais que se mantém em centenas de acampamentos selvagens dos arredores de Calais e, sobretudo, em volta do porto, aproveitaram a presença dos camiões retidos para tentar entrar em alguns deles, na esperança de conseguirem deslocar-se para o Reino Unido.

Os trabalhadores da MyFerryLink protestavam contra a venda pelo Eurotúnel de dois dos três “ferries” daquela filial a um dos seus concorrentes, o grupo dinamarquês DFDS.

A cooperativa Scop, que explora os barcos da MyFerryLink, propriedade do Eurotúnel, e que tem uma fábrica com cerca de 600 empregados, está sob controlo judicial desde há 12 dias.

O Eurotúnel decidiu no início deste mês ceder dois dos seus barcos à DFDS, perante os obstáculos que lhe foram colocados pela Autoridade da Concorrência britânica para poder explorá-los. Os marinheiros da Scop consideram que esta decisão condena uma boa parte dos seus empregos.

O Governo francês pediu ao Eurotúnel “uma melhor solução” para o emprego.

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