Uma frota de ativistas vai tentar, pela terceira vez, romper o bloqueio israelita a Gaza para entregar ajuda humanitária ao território. Cinco navios
Uma frota de ativistas vai tentar, pela terceira vez, romper o bloqueio israelita a Gaza para entregar ajuda humanitária ao território.
Cinco navios com mais de cinquenta passageiros de vinte nacionalidades zarparam esta sexta-feira de Creta com destino ao enclave palestiniano, a três dias de viagem.
Uma iniciativa que se arrisca a ser abortada, como das vezes anteriores, face à recusa de Israel em aceitar a entrada dos ativistas.
Um dos médicos presentes a bordo afirma, “neste momento há pessoas com necessidades urgentes, que têm problemas, temos que ajudá-los e mostrar a solidariedade internacional para com os palestinianos, sem sermos considerados inimigos de Israel”.
A tripulação da “frota humanitária” conta com um deputado israelita, da lista Árabe Unitária, uma eurodeputada espanhola, do partido Podemos, assim como dezenas de outras personalidades, entre as quais o antigo presidente tunisino Moncef Marzouki
“Ações como autorizar a entrada desta frota em Gaza poderiam abrir a porta a um processo positivo, o mesmo que esperamos há muitos anos. Nós queremos a paz, uma paz justa e duradoura”, afirmou Marzouki.
Israel tinha conseguido bloquear as duas anteriores frotas humanitárias para Gaza, em 2012 e em 2010, depois de um assalto das tropas israelitas ao navio Mavi Marmara ter terminado com a morte de nove ativistas turcos.
Os organizadores da iniciativa reclamam o fim do bloqueio marítimo a Gaza, controlada pelo movimento islamita Hamas, assim como o fim das barreiras à circulação entre a Cisjordânia e o enclave palestiniano.