Grécia: Um referendo contra "ultimatos" e "chantagens"

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Depois de cinco meses de negociações sobre a dívida, é o povo grego quem vai decidir se aceita ou não a proposta dos credores do país.

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Depois de cinco meses de negociações sobre a dívida, é o povo grego quem vai decidir se aceita ou não a proposta dos credores do país.

O primeiro-ministro Alexis Tsipras anunciou, esta noite, que vai convocar um referendo no próximo domingo, 5 de julho, para decidir o rumo a seguir, depois de ter voltado a rejeitar o que chamou de “chantagem” e de “ultimato” por parte das instituições da chamada “Troika” (FMI, BCE, Comissão Europeia).

O anúncio foi feito após um conselho de ministros extraordinário em Atenas, na véspera de uma reunião decisiva do eurogrupo sobre a dívida grega, este sábado em Bruxelas.

Tsipras afirmou ainda, “vou pedir aos líderes europeus que nos concedam uma extensão de alguns dias do atual programa de resgate, de modo a permitir que os gregos possam escolher em liberdade, sem chantagens, nem pressões, como está previsto na Constituição grega e nos valores da União Europeia”.

O ministro das Finanças grego, não tardou a reagir ao anúncio, na sua conta twitter: “deixem o povo decidir”.

Democracy deserved a boost in euro-related matters. We just delivered it. Let the people decide. (Funny how radical this concept sounds!)

— Yanis Varoufakis (@yanisvaroufakis) June 26, 2015

Atenas tem até terça-feira para reembolsar uma nova tranche do empréstimo ao FMI, quando as finanças do país necessitam urgentemente de uma nova injeção de capital.

Tsipras afirmou ter já informado os restantes líderes europeus da decisão de convocar uma consulta popular, assim como o presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi.

O governo grego tinha rejeitado na quinta-feira uma solução intermédia que passaria pela prolongação do programa de resgate até novembro, em troca da aprovação das reformas exigidas pelos credores.

Executivo e sindicatos tinham já rejeitado por várias vezes as medidas exigidas como a subida do IVA ou os cortes ao nível das pensões.

O parlamento grego reúne-se este sábado, para aprovar o referendo, quando o Syriza reúne mais do que os 151 votos exigidos para poder adotar a consulta popular.

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