Nuclear iraniano: 20 meses de negociações

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Há 20 meses que o ballet diplomático se desenrola, 20 meses de negociações para conseguir um acordo histórico sobre a questão nuclear iraniana.

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Há 20 meses que o ballet diplomático se desenrola, 20 meses de negociações para conseguir um acordo histórico sobre a questão nuclear iraniana.

O regresso a Teerão de Mohammad Javad Zarif, o chefe da diplomacia iraniana, na noite de domingo, é visto como um bom sinal para alguns, mau para outros. Era de esperar que Zarif desse a conhecer, às autoridades iranianas, principalmente, ao Líder Supremo o andamento das negociações e os consultasse sobre os limites que Teerão não ultrapassará, ainda que corra o risco de criar incompatibilidades com os fixados pelos 5+1.

Os encontros a sete, as reuniões bilaterais, tudo teve como objetivo acabar com os pontos de atrito. Seis potências mundiais enfrentam o Irão: França, através do Ministro dos Negócios Estrangeiros, é talvez a mais intransigente em relação à questão das sanções mas não só:

“Se houver acordo haverá um levantamento das sanções mas, se o acordo não for implementado, tem de haver o que chamamos de mecanismo “snapback” que trará de volta, automaticamente, as sanções.”

Laurent Fabius insiste na importância desta medida e no levantamento gradual das sanções. O Irão, por seu lado, reclama o levantamento imediato, uma lufada de ar fresco para a economia iraniana, e este é um dos pontos de atrito.

Desde 2006, seis resoluções da ONU e várias iniciativas, à margem das Nações Unidas, resultaram em sanções ao país a vários setores, incluindo às exportações de petróleo, por exemplo, ou aos bancos.

Esta questão está, diretamente, relacionada com o outro ponto de discordância, que persiste desde o início: tem o Irão, ou não, capacidade para produzir armas nucleares? É essa a sua intenção? A Agência Internacional de Energia Atómica já teve acesso a alguns locais mas quer ampliar o âmbito das suas inspeções, incluindo instalações militares. Para o Líder Supremo isso está fora de questão.

De acordo com Ali Khamenei estão os conservadores iranianos que defendem a dignidade do país, ou seja, não ceder, não deixar o Ocidente pôr o nariz nos assuntos militares e conseguir o levantamento, imediato, das sanções.

Entre estas posições inflexíveis e o necessário compromisso, alguém terá de ceder.

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