Sociedade civil ensaia acordo antes de cimeira do clima de Paris

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Depois das grandes empresas em maio, é a vez da sociedade civil e do poder local tentarem chegar a um consenso sobre as metas a atingir durante a

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Depois das grandes empresas em maio, é a vez da sociedade civil e do poder local tentarem chegar a um consenso sobre as metas a atingir durante a cimeira do clima de Paris.

Cerca de 800 representantes de ONG’s, sindicatos, organizações patronais e órgãos de poder local estão reunidos desde ontem e até esta quinta-feira em Lyon, em França, para tentar chegar a uma posição comum antes da cimeira de dezembro.

O presidente francês, François Hollande, que organiza o encontro do final do ano, alertou os participantes para a desertificação das zonas rurais, quando as discussões se centram no papel das cidades e dos territórios na redução da emissão de gases com efeito de estufa.

Segundo o responsável da iniciativa dos “debates cidadãos planetários”, Yves Mathieu, “estamos a negociar um acordo para as pessoas que estão a ser já afetadas pelo aquecimento global. Sim vai haver um acordo, a população está pronta. Já não há diferenças entre o sul, o norte, o este e o oeste pois todos apoiam as mesmas soluções. As populações querem agora um acordo global, rápido e um compromisso para os próximos 100 anos”.

No próximo dia 6, centenas de painéis de cidadãos vão participar num debate a nível planetário para elaborar uma lista de reivindicações sobre o clima, que poderá ser acompanhada no site World Wide Views.

Na reta final para a cimeira, Paris vai ainda acolher no dia 7 uma conferência científica sobre o aquecimento global.

“Esta cimeira é muito importante pois há muitas coisas que acontecem neste momento nas grandes cidades e nas regiões do mundo, que podem servir como exemplo para que os governos possam decidir sobre os contornos de um acordo. Ao mesmo tempo, as grandes cidades são os maiores produtores de CO2 e por isso as soluções têm que vir também dos responsáveis das grandes cidades e regiões”, afirma o subsecretário da ONU para as mudanças climáticas, Janos Pasztor.

Em contrapartida, os responsáveis locais exigem mais financiamento e mais peso nas negociações.

As discussões decorrem num momento em que cidades como Copenhaga e Vancouver ou regiões como a California anunciaram já compromissos para reduzir as emissões de carbono a zero nas próximas décadas.

Em Março, trinta cidades europeias assinaram um acordo de colaboração para a compra de equipamentos “verdes”, para reduzir as emissões poluentes.

Os resultados da reunião de Lyon vão estar em cima da mesa das negociações entre os chefes de estado e de governo, no final do ano em Paris.

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