À margem das negociações em Bruxelas, os gregos continuam à espera da reabertura dos bancos, encerrados há nove dias. Em Atenas, são milhares nas
À margem das negociações em Bruxelas, os gregos continuam à espera da reabertura dos bancos, encerrados há nove dias.
Em Atenas, são milhares nas filas das caixas automáticas, a cada manhã, para levantar os 60 euros autorizados por dia, quando as notas de 10 e de 20 euros começam a esgotar-se em alguns multibancos.
“Seria um milagre conseguir que os bancos reabrissem dentro de dois dias, mas não acredito que tal aconteça. É necessário um período transitório para tentar recuperar a confiança e evitar uma corrida aos bancos”, afirma um habitante.
Outro afirma, “É desagradável. A situação ainda é mais ou menos viável mas se continuar assim vamos provavelmente ter um problema”.
O primeiro-ministro grego tinha ligado ontem ao presidente do BCE para apelar ao fim dos chamados controlos de capital. Uma chamada sem retorno, depois de Frankfurt ter rejeitado aumentar a ajuda de emergência aos bancos gregos.
“Infelizmente o governo colocou o país à beira da destruição. Os jovens pobres, um milhão e meio de desempregados que vivem das reformas dos pais. O que é que vai acontecer a estas pobres crianças?”.
“Se o BCE continuar com este golpe de estado, os bancos nunca mais vão abrir”.
Em paralelo vários serviços de transferência de dinheiro ou de pagamento por Internet começam lentamente a ser interrompidos, quando a Grécia espera ainda que o drama não termine em Dracma.