A aprovação das reformas exigidas pela Troika é um passo decisivo para garantir um terceiro resgate à Grécia. Mas, independentemente do resultado da
A aprovação das reformas exigidas pela Troika é um passo decisivo para garantir um terceiro resgate à Grécia. Mas, independentemente do resultado da votação no parlamento de Atenas, os credores mostram-se cada vez mais divididos sobre o capítulo de uma possível reestruturação da dívida.
O FMI ameaçou retirar-se do programa de resgate depois de ter criticado a ausência de medidas no plano de Bruxelas para reduzir uma dívida considerada “insustentável” pela organização.
Segundo uma analista, as reservas do FMI, “dão mais credibilidade ao que a Grécia tem vindo a dizer nos últimos tempos. Mas mostram antes de mais os desacordos com os europeus nas discussões sobre o resgate. E estes desacordos estão baseados num ponto que iria permitir à Grécia regressar ao rumo do crescimento”, afirma Vicky Price.
A posição do FMI choca antes de mais com Berlim, que rejeitou já qualquer reestruturação da dívida grega, quando o parlamento alemão se prepara para votar na sexta-feira o acordo de resgate.
A Comissão Europeia mostra-se mais aberta neste capítulo, depois de um relatório de avaliação do pedido grego, divulgado hoje, admitir a possibilidade de reestruturar a dívida ou de prolongar o prazo de reembolso do empréstimo, após a aprovação das reformas em Atenas.
A última opção poderia voltar a “unir” os membros da Troika, quando o FMI já evocou igualmente a possilidade de prolongar o reembolso da dívida (com períodos de carência de 10 anos), uma opção defendida igualmente pelo governo de Atenas que, até hoje, se opõe publicamente a qualquer reestruturação da dívida.