Amnistia Internacional acusa Brasil de abuso de força policial a um ano dos JO Rio2016

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De  Francisco Marques com Jornal do Brasil
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A um ano dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, a Amnistia Internacional divulgou um relatório preocupante sobre homicídios cometidos pela polícia

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A um ano dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, a Amnistia Internacional divulgou um relatório preocupante sobre homicídios cometidos pela polícia militar durante operações realizadas no estado carioca.

Intitulado “Você Matou Meu Filho: Homicídios cometidos pela polícia militar na cidade do Rio de Janeiro”, o estudo avança, por exemplo, que 16 por cento do total de homicídios registados no Rio em 2014 foram cometidos pela polícia, isto é, quase 250 mortes entre mais de 1500.

Polícia Militar de "gatilho rápido" mata centenas de pessoas com o Rio de Janeiro em contagem decrescente p/ JO2016: http://t.co/CNKYRk9Bh4

— Amnistia Portugal (@AmnistiaPT) 3 agosto 2015

Na favela de Acari, na zona norte do Rio de Janeiro, onde se focou a investigação da Amnistia Internacional, foram encontrados “fortes indícios” de 9 execuções extrajudiciais em cada 10 mortes registadas no decorrer de operações da polícia militar só no ano passado.

[ Consulte aqui, em PDF, o relatório da Aministia Internacional ]

O relatório conclui que a polícia militar carioca recorre “regularmente e de forma injustificada” ao uso excessivo de força nas favelas do Rio.

Jogos Rio 2016 terão a maior operação de segurança da história da cidade. Leia: http://t.co/FFpVFeNRjl

— APO (@apogovbr) 30 julho 2015

O secretário de Segurança do estado do Rio de Janeiro já contestou o relatório da Amnistia Internacional. José Mariano Beltrame, que ainda há dias prometeu “a maior operação de segurança na história” do Rio, compara o ano passado a 2008 e sublinhou a redução de 85 por cento nas mortes decorrentes de intervenções policiais nas chamadas áreas de UPP (Unidade de Polícia Pacificadora), projeto de segurança inaugurado em 2008 e que tem vindo a crescer nas zonas cariocas mais sensíveis em termos de crime.

Considero temerária e injusta a divulgação desse estudo de casos, num momento em que vemos os níveis de criminalidade caírem no Rio. A capa do estudo já cria um estigma antecipado do policial. Todos sabem que no Rio de Janeiro a diminuição da letalidade violenta é o principal fator para que um policial seja premiado no Sistema Integrado de Metas. E no caso específico do homicídio decorrente de intervenção policial, os resultados saltam aos olhos, principalmente nas áreas onde foram instaladas Unidades de Polícia Pacificadora. Houve 20 mortes decorrentes de intervenção policial em áreas de UPP em 2014, o que equivale a uma redução de 85 por cento se comparado ao registado em 2008 (136 vítimas)
José Mariano Beltrame, secretário de Segurança do Estado do Rio de Janeiro

.BAC_Canil</a> apreende uma tonelada de drogas no Complexo de Acari. <a href="http://t.co/zrPZLPouWT">http://t.co/zrPZLPouWT</a> <a href="http://t.co/vWwsBVxDeo">pic.twitter.com/vWwsBVxDeo</a></p>&mdash; Segurança RJ (SegurancaRJ) 31 julho 2015

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