Centenas de jornalistas protestaram no domingo na Cidade do México contra o assassinato do repórter fotográfico Ruben Espinosa. O corpo de Espinosa
Centenas de jornalistas protestaram no domingo na Cidade do México contra o assassinato do repórter fotográfico Ruben Espinosa.
O corpo de Espinosa foi encontrado num apartamento da capital. O jornalista escondia-se desde Junho por causa de ameaças de morte que recebia no estado de Veracruz, onde trabalhava.
“Mais de uma centena de jornalistas foram mortos. O México é o segundo ou terceiro país mais perigoso do mundo para os jornalistas”, lembrou o jornalista Jose Reveles, acrescentando que “é no estado de Veracruz que a maior parte destes casos acontece.“
O estado de Veracruz está sob controlo de um cartel paramilitar ligado ao tráfico de drogas. Em Veracruz foram assassinados, desde 2011, 15 jornalistas.
“Se dizes a verdade, matam-te. Os jornalistas que não se venderam, matam-nos ou fazem-nos desaparecer. Que podemos fazer? Não sei, eu não sei”, confessou a jornalista Cristina Guerrero.
Segundo a organização mexicana de defesa da liberdade de expressão Artículo 19, Espinosa dizia, a propósito da perseguição de que era alvo, que não confiava no governo nem em nenhuma instituição do Estado mexicano.
#ALERTA Asesinan al fotoperiodista Rubén Espinosa en DF; había salido de Veracruz por amenazas http://t.co/52cOWchZMopic.twitter.com/NOZcxJluzw
— ARTICLE 19 MX-CA (@article19mex) 2 Août 2015
Segundo a organização não-governamental internacional Repórteres sem Fronteiras, em 2015 já foram mortos no México cinco jornalistas, quatro deles em Veracruz.