Parlamento do Kosovo aprova tribunal para crimes de guerra

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De  Nelson Pereira
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O parlamento do Kosovo aprovou na segunda-feira a criação de um tribunal que deverá investigar os crimes de guerra cometidos pela guerrilha

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O parlamento do Kosovo aprovou na segunda-feira a criação de um tribunal que deverá investigar os crimes de guerra cometidos pela guerrilha independentista albanesa kosovar (UÇK).

O Kosovo tem estado sob pressão dos Estados Unidos, da ONU e da União Europeia para que o parlamento investigue estas acusações, um argumento evocado perante os deputados, antes da votação.

Uma das primeiras tarefas do tribunal será estabelecer um inquérito para verificar as acusações apresentadas no “relatório Marty”, publicado em 2010 pelo Conselho da Europa.

O relatório revela graves abusos cometidos por membros do UÇK sobre cerca de 500 prisioneiros sérvios e de origem cigana durante a guerra, referindo o presumível tráfico de órgãos humanos retirados às vítimas.

O documento evocava o envolvimento de Hashim Thaçi, ex-chefe político dos separatistas albaneses e atual ministro dos Negócios Estrangeiros. Thaçi, que tem desmentido estas alegações, apelou igualmente ao voto dos deputados a favor do tribunal:

“Graças a este processo avançaremos, juntos, independentemente das diferenças políticas. E ao mesmo tempo em estreita cooperação com os Estados Unidos, a União Europeia e a NATO. Caros legisladores, apelo ao voto de todos, para que seja criado este tribunal especial.”

Os antigos combatentes do Exército de Libertação do Kosovo continuam a ser considerados como heróis por grande parte da população albanesa kosovar.

O conflito entre as forças de Belgrado e os separatistas armados albaneses durou de 1988 a 1989, tendo levado ao envolvimento da NATO na primavera de 1999. Os ataques aéreos forçaram a retirada das forças sérvias e o Kosovo declarou a independência unilateral em fevereiro de 2008.

O tribunal deverá iniciar trabalhos no início de 2016.

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