O metro de Londres está em greve até sexta-feira. É a segunda paralisação este mês, em protesto contra o arranque, previsto para setembro, de um
O metro de Londres está em greve até sexta-feira. É a segunda paralisação este mês, em protesto contra o arranque, previsto para setembro, de um serviço noturno nos fins de semana.
Depois de vários meses de negociação, os quatro principais sindicatos (RMT, Aslef, TSSA e Unite) e a administração do metro londrino não conseguiram um acordo sobre os turnos noturnos.
Finn Brennan, do Aslef, defende que a greve “Não é uma questão de dinheiro, é sobre a equidade e ter tempo de qualidade.”
Esta paralisação vai obrigar mais de dois milhões de passageiros a procurar transporte alternativo. Foram colocados em circulação 250 autocarros suplementares.
Os autocarros não são, porém suficientes para assegurar o transporte de todos os passageiros do metro, como diz uma mulher à eruronews:
“Os autocarros estão todos cheios. Decidi fazer a pé um percurso de 44 minutos, entre as estações de Picadilly e Paddington. Não consegui apanhar nenhum autocarro porque nem param, não abrem as portas.”
Para consolar aqueles que se vêm obrigados a fazer o caminho a pé entre estações, o site Treated.com publicou um “mapa que calcula quantas calorias são queimadas entre as estações do metro”“:https://metrouk2.files.wordpress.com/2015/07/underground_map.jpg?quality=80&strip=all&strip=all.
“É muito desagradável”, queixa-se uma turista norte-americana. “Vim passar cinco dias em Londres e vou abreviar a minha visita proque causa da greve. Não consigo fazer o caminho todo de regresso até Camden. Assim, não vou gastar dinheiro em Londres. É uma maçada para os turistas, nunca aconteceria nos Estados Unidos”, acrescenta.
Os sindicatos rejeitaram a oferta da empresa – um aumento salarial de 2% este ano e de 1% para 2016 e 2017, e um bónus de 500 libras para os trabalhadores do turno da noite.
“Esta é a segunda vez que os sindicatos reagem contra o lançamento do serviço de noite planeado pelo Metro de Londres para o próximo mês. Não é ainda claro, quanto tempo vai durar a disputa sobre a mudança de turnos de trabalho e se a população da capital britânica será confrontada com outra greve”, diz o correspondente da euronews em Londres, Ali Kheradpir.