A Grécia é um dos países mais procurados pelos migrantes que tentam entrar na União Europeia. Na ilha de Kos estão concentrados cerca de sete mil
A Grécia é um dos países mais procurados pelos migrantes que tentam entrar na União Europeia. Na ilha de Kos estão concentrados cerca de sete mil refugiados, a maior parte vindos da Síria.
Um dia depois de mais de duas mil pessoas, na maioria refugiados sírios, terem ficado fechadas no estádio de Kos praticamente sem acesso a àgua, o governo grego enviou esta sexta-feira para a ilha um navio onde passará a ser feito o registo dos refugiados sírios.
O presidente da câmara de Kos, Yorgos Kyritsis, apela à União Europeia:
“A questão só será resolvida quando a União Europeia compreender que, face à guerra na Síria e às dificuldades económicas graves noutros países, se não forem encontradas soluções para os problemas desses países, continuaremos a ter problemas migratórios na Europa.”
Os refugiados sírios queixam-se da brutalidade da polícia grega e sublinham que estão aqui porque procuram fugir à guerra e à morte e que muitos tinham empregos e têm formação universitária.
“Eu só procuro acabar os meus estudos, só procuro sobreviver, como todos os outros. Todos aqui fugiram da guerra, fugiram da morte. Tudo isto é normal, pois as pessoas procuram sobreviver”, disse um jovem sírio.
#Europe, nobody gets on an overcrowded boat so that they can have a bigger TV #MSFSeapic.twitter.com/MVRYFFCXEY
— MSF Sea (@MSF_Sea) 14 Août 2015
As autoridades de Kos alertam para as consequências fatais desta crise para o turismo. Explicam que ilha não tem dinheiro para alimentar todos estes milhares de refugiados e que os turistas cancelaram reservações e evitam a ilha.
Media tell us that tourists in #Kos can't avoid the refugees – refugees tell us that at home they can't avoid the war pic.twitter.com/SBLoFNCoCB
— MSF Sea (@MSF_Sea) 13 Août 2015
A Grécia roubou a primazia à Itália como primeira entrada por mar para os clandestinos. Mais de 124 mil migrantes chegaram por barco desde o início do ano, mais 750% que em 2014.